Na última semana, o Inter (INBR32) apresentou suas projeções de mercado que animaram o mercado. O banco pretende atingir um lucro de R$ 5 bilhões em uma rentabilidade de 30% em cinco anos.
Esses patamares o assemelham a um bancão. O lucro ainda ficaria aquém do que Bradesco, Santander, Itaú e Banco do Brasil apresentam hoje, mas em termos de ROE, o Inter ficaria acima de qualquer outro player do setor — considerando os bancos de investimento.
No dia do investidor do banco, que ocorre anualmente no mês de janeiro, foi apresentado o plano de crescimento do Inter, que prevê mais do que dobrar o número de usuários, chegando a 60 milhões em 2027.
Para que os resultados operacionais aconteçam, a fintech teria de melhorar seu índice de eficiência, diminuindo o tamanho das despesas em relação às receitas. Além disso, as operações de crédito têm de crescer, e a ideia é ampliar em quase cinco vezes o portfólio de empréstimos.
As estimativas agressivas do banco chamam atenção pelo fato de que a operação atual ainda custa a ganhar tração. Por mais que a carteira de crédito esteja em franco crescimento e com qualidade controlada, nos 12 meses anteriores a setembro de 2022, o banco teve prejuízo contábil na ordem de R$ 42,89 milhões.
A estratégia da instituição passa por assemelhar-se cada vez mais a um grande banco do ponto de vista de rentabilização do negócio, ou seja, tendo o crédito como core business.
O Inter, portanto, terá de acelerar a receita média mensal por cliente ativo (ARPAC, na sigla em inglês), com um aprofundamento dos produtos oferecidos.
Para explicar os caminhos do Inter nos próximos 60 meses, a CFO do Inter, Helena Caldeira, participa da TradeLive desta semana. Envie suas dúvidas e acompanhe!