Juros e inflação nos EUA, IPCA-15 e balanços de Petrobras e Vale – veja o que importa na semana

Investidores ainda acompanham PIB americano do 2º trimestre e taxa de desemprego

Foto: Shutterstock

A última semana de julho será agitada, com decisão do Federal Reserve sobre juros nos Estados Unidos, a primeira leitura do PIB (Produto Interno Bruto) americano do segundo trimestre, dados de inflação no Brasil e balanços da Petrobras e Vale.

Por lá, todos os olhos estarão voltados para o encontro do Fomc (colegiado de política monetária do Fed), que na quarta-feira (27) informará a nova taxa básica da maior economia do mundo, com as apostas se concentrando em uma alta de 0,75 ponto percentual.

O mercado acompanhará principalmente o comunicado da decisão, que sai às 15h, e a entrevista coletiva do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, às 15h30.

Dois dados de peso ainda serão divulgados nos EUA: na quinta-feira (28) às 9h30 sai a primeira leitura do PIB (Produto Interno Bruto) dos Estados Unidos, que deverá mostrar como o país vem reagindo ao aperto nos juros.

Na sexta-feira (29), também às 9h30, será informado o PCE (Índice de Despesas de Consumo Pessoal) de junho, que é o índice acompanhado pelo Fed para tomar suas decisões. Por lá, ainda serão informados os balanços de grandes empresas de tecnologia, como Alphabet, Microsoft, Amazon e Apple.

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Os índices futuros americanos sobem na manhã desta segunda-feira (25). Por volta das 8h20, o Dow Jones subia 0,50%, o S&P 500 ganhava 0,48% e o Nasdaq estava em alta de 0,44%. O Eurostoxx 50, principal índice europeu, também estava no azul, com ganhos de 0,43%.

Por que isso importa? 

Juros mais altos em grandes economias retiram a atratividade de ativos de países emergentes como o Brasil. Além disso, o receio é que o aperto monetário nos EUA leve a uma recessão global, o que também impactaria a economia brasileira.

Inflação, desemprego e balanços

A agenda lotada de indicadores e balanços do segundo trimestre também deve movimentar o mercado brasileiro, com destaque para o IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de julho, que será informado às 9h da terça-feira (26).

Com a redução pelos estados do ICMS de combustíveis, energia e telecomunicações, o principal índice de preços brasileiro pode mostrar, já na primeira metade deste mês, uma deflação. Para o Itaú Unibanco, isso fará com que os preços caiam 0,65% em julho fechado. Para o Bradesco, a queda será de 0,85%, e para o Santander o tombo será ainda maior, de 1,25%.

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Os investidores ainda acompanham o IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado), que será informado pela FGV na quinta-feira, e a taxa de desemprego de junho, que o IBGE divulga na sexta-feira às 9h.

Por que isso importa? 

Os dados de inflação são acompanhados com atenção pelo mercado, já que servem como base para ajuste das expectativas dos investidores para preços e para juros.  A taxa de desemprego de junho mostrará se a desocupação continua em queda – no dado de maio, ela caiu caiu abaixo de 10%, mostrando um mercado de trabalho mais forte que o esperado. 

Balanços ganham tração

Enquanto a temporada de balanços do segundo trimestre vai terminando nos Estados Unidos, aqui está apenas começando. A safra de resultados começa a tomar tração a partir desta terça-feira (26), com destaque para Petrobras (PETR4; PETR3), Vale (VALE3), Ambev (ABEV3) e Suzano (SUZB3) que divulgarão os números ao longo da semana.

A expectativa é de resultados mistos para o período, na medida em que alguns setores devem seguir entregando bons números, como é o caso dos shoppings, supermercados e empresas de adquirência, mais conhecidas como maquininhas de cartões, beneficiadas pelo repasse da totalidade da inflação e tarifas com transações.

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