Na segunda semana de 2025, o fluxo de capital estrangeiro para a Bolsa Brasileira (B3) segue negativo. No dia 14 de janeiro, os investidores retiraram R$ 1,3 bilhão da bolsa, elevando o déficit no ano para R$ 6,3 bilhões em apenas nove pregões. As compras somaram R$ 97,778 bilhões, enquanto as vendas atingiram R$ 104,056 bilhões.
O valor de saída de R$ 1,3 bilhão foi o segundo maior registrado em 2025, ficando atrás apenas da retirada de aproximadamente R$ 2,0 bilhões no dia 3 de janeiro.
No mesmo dia (14 de janeiro), o Ibovespa, principal índice da bolsa, registrou valorização de 0,25%, fechando aos 119.299 pontos. No entanto, o índice acumula uma desvalorização de 0,8% no ano. O fluxo negativo de capital estrangeiro continua a preocupar o mercado, refletindo os desafios enfrentados pela bolsa brasileira.
A combinação de um cenário fiscal instável no Brasil e a política monetária dos Estados Unidos tem sido determinante para a decisão dos investidores estrangeiros. A desaceleração na queda das taxas de juros pelo Federal Reserve pode direcionar os investidores para mercados com melhores perspectivas de rentabilidade ou maior previsibilidade.
Além disso, a incerteza sobre a capacidade do governo brasileiro de equilibrar as contas públicas, somada à inflação de 2024, que atingiu 4,83%, acima do teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 4,5%, agrava ainda mais a situação. Essa combinação de fatores, com a redução da liquidez interna e a instabilidade fiscal, segue minando a confiança dos investidores estrangeiros no mercado brasileiro, o que pode resultar em mais resgates de investimentos e maior volatilidade nos próximos meses.
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