Como as ações da Copel (CPLE6) devem reagir após aquisição?

A Copel (CPLE6) anunciou na noite de quinta-feira (6) a aquisição, por meio de sua subsidiária Copel Geração e Trasnimissão (GeT), dos complexos eólicos de Santa Rosa & Mundo Novo e Aventura, detidos pela EDP Renováveis Brasil, por R$ 1,8 bilhão.

Esses complexos, em conjunto, têm potencial para gerar 260,4 MW (megawatts). A aquisição, portanto, incrementa 28% da capacidade de geração eólica da Copel, e a fonte eólica passa a representar 17% do portfólio de geração da companhia.

A Copel ressaltou que os parques estão localizados em regiões consideradas uma das melhores do mundo para a geração de energia de fonte eólica.

O que achamos?

Esta aquisição é um importante passo para a companhia diversificar os negócios e ficar menos dependente da geração de energia hídrica, que representa cerca de 81% da capacidade instalada da empresa.

Além de reduzir o risco específico de eventuais adversidades na geração hídrica, a empresa deve aumentar as receitas e a rentabilidade dos negócios, uma vez que já tem o know-how no segmento.

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Apesar da aquisição bilionária, a Copel mantém o nível de endividamento saudável. A empresa registrou um caixa de R$ 2,6 bilhões no segundo trimestre e manteve uma alavancagem baixa, de 1,3 vez.

Além disso, a companhia gerou cerca de R$ 2,9 bilhões em caixa com as atividades operacionais no primeiro semestre. Dessa forma, o desembolso de R$ 1,8 bilhão na compra dos parques eólicos não deve pesar nas contas da empresa.

A diversificação também permite uma vantagem ESG (sigla para atividades relacionadas às áreas de meio ambiente, social e governança) por meio da geração de energia renovável. Cerca de 94% da energia gerada pela empresa é por fontes renováveis.

Como as ações devem reagir?

A aquisição deve ser vista com bons olhos pelo investidor que considera maior potencial de geração de caixa para empresa. Portanto, as ações devem reagir de forma positiva na abertura do pregão desta sexta-feira (7). Os papéis da Copel acumulam alta de 3,5% no ano.