MSCI anuncia rebalanceamento que aumenta peso do Brasil no Índice de Mercados Emergentes

O peso do Brasil no índice de mercados emergentes (EM) do MSCI deverá crescer 14% após um rebalanceamento significativo anunciado nesta semana, segundo estimativas do Bank of America (BofA). Atualmente, o peso do Brasil no índice é de 4,6%, mas, com as mudanças que entrarão em vigor no dia 2 de setembro, o país verá um aumento substancial em sua representatividade.

A principal novidade é a inclusão de empresas brasileiras listadas nos Estados Unidos, como Nubank, XP, Stone, PagBank (ex-PagSeguro) e Inter, no índice MSCI Brasil. Essas adições devem representar aproximadamente 13% do índice, com o Nubank emergindo como um dos principais componentes, possivelmente ultrapassando grandes empresas como Vale e Itaú em termos de peso. No entanto, a Petrobras continuará sendo a maior empresa no índice, com suas ações (PETR4 e PETR3) correspondendo a cerca de 15% do total.

Além disso, o BofA projeta que o rebalanceamento eleve o valuation do MSCI Brasil, que atualmente é negociado a 7,3 vezes o Preço por Lucro futuro de 12 meses. Após as alterações, essa relação pode se aproximar de 8 vezes. Outro efeito importante será o aumento do peso do setor financeiro no índice, que deve passar de 27% para 37%, refletindo a inclusão das novas empresas.

No mercado doméstico, a Embraer (EMBR3) será adicionada ao MSCI Brasil, enquanto as ações da Renner (LREN3) e da Eneva (ENEV3) serão removidas do índice, refletindo as mudanças no perfil de composição e representatividade do mercado brasileiro.

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