Coffee Break TradeMap: três gestores dão suas recomendações de filmes; fique por dentro!

Coffee Break TradeMap é um espaço destinado a mostrar que há vida para além do pregão. Livros, filmes e músicas também são essenciais para nos ajudar a alcançar mais conhecimento e a pensar melhor – e a relaxar, claro.

Quinzenalmente, a Agência TradeMap vai convidar gestores, economistas, planejadores financeiros e outros profissionais do mercado para que compartilhem o que estão lendo ou assistindo e deem sugestões sobre obras que sejam consideradas essenciais para sua formação.

Confira as sugestões desta quinzena!

Laszlo Lueska, gestor da Octante

“Munique – No Limite da Guerra”, Christian Schwochow (diretor)

Às vésperas do início da Segunda Guerra Mundial, dois jovens amigos se reencontram durante as negociações do Acordo de Munique, que tinha como objetivo evitar uma guerra com a cessão de territórios da então Tchecoslováquia para a Alemanha.

O funcionário público Hugh Legat acompanha o primeiro-ministro do Reino Unido Neville Chamberlain até Munique. Lá, encontra seu amigo Paul von Hartmann, diplomata alemão que sinaliza, em 1938, quais são as intenções de Adolf Hitler.

Após o acordo, Chamberlein foi recebido com salvas na Inglaterra, por supostamente ajudar a evitar a guerra, mas sabemos que não foi bem isso o que aconteceu. A obra mostra como os dois amigos lidam com a rede de manipulação política e as tentativas de se evitar o início do conflito.

O filme retrata como democratas muitas vezes não conseguem lidar com líderes autoritários e como a necessidade de decisões urgentes podem ser um complicador no futuro.

Simone Pasianotto, gestora da Reag Investimentos

“Nove Desconhecidos”, Jonathan Levine (diretor)

A promessa de “transformação total” é o que faz um grupo de desconhecidos se reunirem em um retiro, o Tranquillum House, que tem como anfitriã Masha Dmitrichenko (Nicole Kidman).

A história é uma adaptação do livro de mesmo nome de Liane Moriarty, autora de Big Little Lies, outra obra da escritora que já havia sido adaptada para as telas (no caso, uma série da HBO).

No suspense, na tentativa de curar traumas do passado, nove hóspedes vão encarar os procedimentos pouco ortodoxos e questionáveis por parte da anfitriã, como alucinógenos sendo ministrados sem seu consentimento. Relações tóxicas, busca pela perfeição, desigualdade e “mindfulness” como solução para todos os problemas são os traumas abordados que tentam conectar as personagens aos espectadores.

Paulo Battistella Bueno, gestor da Santa Fé Investimentos

“Diamante de Sangue”, Edward Zwick (diretor)

Uma guerra civil em Serra Leoa, no fim dos anos 1990, é o elo de ligação entre um fazendeiro local e um contrabandista de diamantes. No filme, Solomon Vandy (Djimon Hounsou) é capturado em sua aldeia pela FUR (Força Unida Revolucionária) e encaminhado para um campo de mineração.

Lá, encontra um grande diamante cor-de-rosa e o esconde, antes de ser levado à prisão após um ataque do exército nacional. É na cadeia que ele conhece Danny Archer (Leonardo DiCaprio), contrabandista que leva diamantes para a Libéria, que de lá vai para as grandes fabricantes de joias.

Sem alternativa, os dois passam a trabalhar juntos para recuperar a pedra e rever a família de Vandy. Mais que um drama de guerra, o filme também retrata práticas obscuras por parte de multinacionais – tema cada vez mais em voga com o avanço das práticas ESG.

Sugestão Agência TradeMap

“King Richard: Criando Campeãs”, Reinaldo Marcus Green (diretor)

Esportes, relações familiares e questões raciais fazem parte de “King Richard: Criando Campeãs”, cinebiografia que conta a história de Richard Williams, pai das tenistas campeãs Venus e Serena.

Em obras que retratam a vida de estrelas do esporte, é natural esperar uma mensagem de inspiração e superação de obstáculos. Mas o filme retrata também todo o contexto que culminou na consagração das duas tenistas, que tiveram como treinador e mentor seu pai Richard, interpretação que deu o Oscar de melhor ator a Will Smith.

O pai de Venus e Serena planejou a carreira delas antes mesmo de seus nascimentos. E sabia dos desafios que enfrentaria ao querer colocá-las em um esporte majoritariamente dominados por brancos e de pessoas com melhores condições econômicas. Para isso, cobra a perfeição das filhas e também desenvolve uma relação conflituosa com alguns dos técnicos das tenistas.