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Coffee Break TradeMap: 3 gestores recomendam os livros que estão lendo; confira as dicas!

Gestores da Encore, da Versa e da G5 Partner apresentam suas sugestões de leitura

Coffee Break TradeMap é um espaço destinado a mostrar que há vida para além do pregão. Livros, filmes e músicas também são essenciais para nos ajudar a alcançar mais conhecimento e a pensar melhor – e a relaxar, claro.

Quinzenalmente, a Agência TradeMap vai convidar gestores, economistas, planejadores financeiros e outros profissionais do mercado para que compartilhem o que estão lendo ou assistindo e deem sugestões sobre obras que sejam consideradas essenciais para sua formação.

 

João Luiz Braga, sócio da Encore Asset Manegement

livro rápido e devagar
Foto: Reprodução

Entender o funcionamento da mente humana na tomada das decisões e como nossas conclusões podem ser influenciadas por vieses cognitivos. É sobre esse tema que trata o livro “Rápido e Devagar”, do Prêmio Nobel de Economia (2002) Daniel Kahneman.

O livro mostra que há duas formas de pensar, ou, nas palavras do autor, dois sistemas. O primeiro é o “sistema 1”, que é mais rápido, intuitivo e emocional. Já o “sistema 2” é uma forma de pensar mais lenta e analítica.

Com uma série de exemplos, o autor mostra como esses dois sistemas funcionam em situações específicas e ajudam a explicar como algumas pessoas têm mais (ou menos) aversão ao risco.

O livro aborda os vieses cognitivos, que são distorções de julgamento provocadas por atalhos mentais (padrões que são criados baseados em percepções prévias). Esses vieses podem induzir a tomada de decisões equivocadas – incluindo em investimentos.

Luiz Fernando Alves, gestor da Versa Asset Management

Capa livro Engenheiros do Caos
Foto: Reprodução

Mais oportuno para 2022, impossível. “Os Engenheiros do Caos: Como as fake news, as teorias da conspiração e os algoritmos estão sendo utilizados para disseminar ódio, medo e influenciar eleições”, do cientista político franco-italiano Giuliano da Empoli, tenta explicar como políticos mais extremistas conseguiram chegar ao poder.

A obra busca mostrar como esses políticos conseguiram, com o apoio da internet, propagar suas ideias e angariar apoio. Os “engenheiros” são estrategistas de comunicação, programadores e políticos que constroem e instauram o caos a partir do medo.

O livro, dividido em seis capítulos, apresenta vários desses engenheiros, como Steve Bannon, estrategista do ex-presidente americano Donald Trump; Milo Yannopoulos, de extrema-direita; e Arthur Finkelstein, conselheiro de Viktor Orban, presidente da Ucrânia.

 

Capa Brasil uma economia que nao aprende
Foto: Reprodução

Já o livro “Brasil, uma economia que não aprende: Novas perspectivas para entender nosso fracasso”, de André Roncaglia e Paulo Gala, discorre sobre políticas industriais e de desenvolvimento de sucesso e sobre os erros que o Brasil cometeu nessa área.

A obra aponta que o Brasil avançou industrialmente até os anos 1980 e, depois disso, mais regrediu do que avançou, sendo atualmente uma economia baseada em produtos e serviços menos complexos.

Para os autores, são as estruturas produtivas mais sofisticadas que podem enriquecer um país. No entanto, eles veem que esse desenvolvimento econômico depende de uma ação conjunta entre estado e mercado.

“O efeito da destruição do tecido industrial e produtivo do Brasil é visível a olhos nus. Viramos a economia das padarias, dos cabeleireiros, das manicures e dos lojistas de shopping: serviços não escaláveis, sem produtividade, sem desenvolvimento tecnológico. A indústria brasileira que já chegou a representar quase 25% do PIB caiu para 10% em 2018”, explicam os autores logo na introdução da obra.

Fernando Donnay, gestor de patrimônio da G5 Partner

Capa livro Quando os gênios falham
Foto: Reprodução

Quem não gosta de um drama? “Quando os Gênios Falham”, do jornalista americano Roger Lowenstein, trata da trajetória da gestora de recursos Long-Term Capital Management (LTCM), nos anos 1990.

A gestora, fundada em 1994, era liderada por John Meriwether, que tinha feito carreira na área de arbitragem na Salomon Brothers. A equipe da LTCM contava ainda com dois prêmios Nobel da Economia e rapidamente chegou a um patrimônio de US$ 100 bilhões.

A obra trata dessa rápida ascensão, mas também da queda que ocorreu na sequência. Em 1998, a gestora começou a sofrer fortes perdas, que foram potencializadas pela crise da Rússia, o que chegou a colocar em risco a estabilidade do sistema financeiro dos Estados Unidos.

A Long-Term passou a ser vista como um sinônimo de desastre. A obra conta como foi o surgimento da casa, o sucesso das operações de arbitragem, mas também trata de como a personalidade dos gestores culminou nesse desastre.

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