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Black Friday no Brasil: conheça a história e o quanto movimenta por ano na economia

Data deve movimentar R$ 6,05 bilhões, o que representa um crescimento de 3,5%

Foto: Shutterstock

A Black Friday, que neste ano de 2022 será no dia 25 de novembro, é uma data conhecida como sinônimo de promoções generalizadas no varejo – e até o setor de serviços entra nessa. Mas nem sempre foi assim.

O termo foi cunhado nos anos 1960, na Filadélfia (EUA), por policiais que precisavam lidar com o caos na cidade que se instalava entre o Dia de Ação de Graças e o jogo anual de futebol americano da Marinha contra o Exército.

O feriado do Dia de Ação de Graças cai na última quinta-feira do mês de novembro e o jogo ocorre no sábado seguinte. A cidade ficava cheia e com trânsito, o que rendia um dia de muito trabalho aos policiais.

O que é a Black Friday?

Foi também o apunhado de gente na Filadélfia que fez com que o varejo local usasse esse intervalo de tempo para encher as lojas, tendo como atrativo as promoções. Embora tenha ocorrido uma tentativa de transformar a data em “Big Friday”, mas não funcionou.

Vale também lembrar que os prejuízos nos livros de registro eram marcados em vermelho e os dados positivos, em preto, então a data era o dia em que acontecia a virada do negativo para o positivo.

No entanto, a prática de destinar a sexta-feira seguinte ao Dia de Ação de Graças como uma data específica para grandes promoções só ganhou escala nacional nos anos 1980, com direito a lojas abrindo mais cedo e uma enormidade de anúncios.

Quando começou a Black Friday no Brasil?

O Brasil importou o dia das barganhas só em 2010 e em um esforço liderado por varejistas do comércio eletrônico. No ano seguinte, ocorreu a Cyber Monday, data destinada somente à venda de produtos eletrônicos na segunda-feira posterior à Black Friday.

Com o passar dos anos, a data foi ganhando força e passou a ser relevante para o varejo. O Natal segue como a data mais importante do segundo semestre, mas o entendimento é que parte dos consumidores “antecipa” as compras de maior valor durante a Black Friday.

Quanto a data movimenta por ano?

Para 2022, a projeção da Abcomm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico) é que a data movimente R$ 6,05 bilhões, o que representaria um crescimento de 3,5% na comparação com 2021.

O Google também fez um levantamento, em parceria com o Instituo Ipsos, para saber as tendências para a data. A indicação é que 71% do público pretende fazer alguma compra na Black Friday, ou seja, sete em cada dez consumidores querem comprar alguma coisa.

Esse número representa um crescimento de 16 pontos percentuais na comparação com 2021.

O aumento foi causado, principalmente, pela maior intenção de compra da classe C, que está em 68%, uma alta de 17 pontos percentuais.

Veja as categorias mais procuradas na Black Friday

Os itens mais buscados na Black Friday são os ligados a telefonia, eletrônicos, informática, eletrodomésticos e eletroportáteis. No entanto, há espaço (e procura) para promoções nos segmentos de moda, beleza e saúde, segundo a Abcomm.

Além disso, o consumidor vai encontrar promoções nas lojas físicas, incluindo supermercados, mas essas vendas não fazem parte das projeções para a Black Friday.

A data em 2022, no entanto, representa um desafio aos varejistas na comparação com anos anteriores.

A Black Friday desse ano irá ocorrer pouco após o início da Copa do Mundo, que começa no dia 20 de novembro. Por isso, as varejistas alteraram o calendário das promoções, antecipando a oferta de descontos aos consumidores, com as iniciativas de vendas começando no início de novembro.

Outro desafio será convencer o consumidor a comprar mesmo em um ambiente de juros ainda elevados e endividamento em níveis recordes.

Mas independentemente das estratégias de cada varejista, o consumidor precisa se preparar para essa data para não ceder sem necessidade aos apelos das forças de vendas.

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