Vibra (VBBR3) perde margem no 3º trimestre, gera apreensão no mercado e ações caem

Por volta de 12h40, o papel ordinário de uma das maiores distribuidoras de combustíveis do país operava em baixa na Bolsa

Foto: Shutterstock/Nick Photoworld

Após precisar revisar para baixo o valor dos estoques, impactando negativamente os resultados do terceiro trimestre, a ação da Vibra (VBBR3) cai nesta sexta-feira (11), com o mercado avaliando que a perda de margem no período se deve exatamente a essa iniciativa.

Por volta de 12h40, o papel ordinário de uma das maiores distribuidoras de combustíveis do país operava em baixa na Bolsa, caindo 0,64%, R$ 17,07.

No terceiro trimestre, marcado pela queda no preço dos combustíveis, a companhia teve prejuízo, mesmo sustentando um volume alto de vendas.

De acordo com a Vibra, as perdas somaram R$ 61 milhões no período, após lucro de R$ 1,2 bilhão um ano antes. Isso aconteceu a despeito de a receita líquida da companhia ter crescido 44,9% na mesma base de comparação, para R$ 52 bilhões.

O volume de vendas, por sua vez, chegou a 10,3 milhões de metros cúbicos, superando em 11,8% o do segundo trimestre e ficando praticamente igual ao observado no terceiro trimestre de 2021, quando a empresa teve uma demanda extra por combustíveis devido ao acionamento emergencial de termelétricas.

Porém, a necessidade de a empresa revisar para baixo o valor de seus estoques gerou preocupação no mercado.

Isso porque, na visão do Goldman Sachs, esse tipo de iniciativa não costuma ser recorrente por parte da Vibra. “Acreditamos que as margens fracas foram impulsionadas principalmente por perdas de estoque que não são recorrentes na natureza. Assim, esperamos alguma melhora no quarto trimestre”, explica Bruno Amorim, Joao Frizo e Guilherme Martins, analistas do banco.

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No trimestre, a perda total com os estoques de produtos foi de R$ 1,7 bilhão. Segundo a companhia, esta é a maior perda de estoque já verificada.

Com isso, o Ebitda (lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização) da companhia recuou 21,9% no terceiro trimestre em relação a um ano antes, para R$ 925 milhões, o equivalente a uma margem Ebitda de R$ 90 por metro cúbico vendido, uma queda de 21,8% na base anual.

No entanto, excluindo da conta o efeito negativo da revisão no valor dos estoques e ganhos que não devem se repetir nos próximos trimestres, o Ebitda da companhia teria chegado a R$ 2,2 bilhões, e a Vibra teria alcançado uma margem Ebitda recorde de R$ 215 por metro cúbico vendido, ou seja, uma elevação de 87% ante o mesmo intervalo de 2021.

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