Via (VIIA3) tenta acalmar mercado após ação despencar por efeito Americanas

A Via (VIIA3), dona das Casas Bahia, veio a público para tentar acalmar o mercado a respeito da transparência do balanço da empresa – uma preocupação que surgiu entre os investidores após a Americanas (AMER3), outra grande rede varejista, divulgar um rombo de R$ 20 bilhões decorrente de informações financeiras mal reportadas,

Na Americanas, o problema era que a empresa não deixava claro no balanço os detalhes de operações com fornecedores e bancos conhecida como risco sacado – essencialmente uma antecipação de recebíveis.

Neste tipo de transação, uma empresa que vende um produto ou serviço para outra companhia se vale da promessa de pagamento futuro para sacar esse dinheiro antecipadamente no banco. A empresa que comprou o produto ou serviço, por sua vez,

No balanço da Americanas, este tipo de operação era reportado de uma maneira que, na prática, era mais favorável ao resultado final da companhia.

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O receio de que o mesmo tipo de problema pudesse estar acontecendo com outras empresas do setor de varejo, dado que operações de risco sacado são comuns no setor, pesou sobre os papéis deste segmento na quinta-feira. Ontem, as ações da Via, por exemplo, caíram 5,38%, contaminadas pelo efeito Americanas.

Na noite de ontem, porém, a Via informou ao mercado que declara as informações da empresa sobre risco sacado.

“Todas essas operações estão registradas nas demonstrações financeiras da companhia em conformidade com as normas internacionais de contabilidade”, disse a Via.

Nos balanços, a empresa disse detalhar as operações no capítulo sobre o balanço patrimonial, numa parte denominada “fornecedores convênio”, e acrescentou que “as despesas de juros são registradas no resultado da companhia como despesa financeira”.