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Venda de imóveis deve cair em 2022, mas BTG vê as construtoras da Bolsa em melhor posição

Nesta semana, um dos principais representantes do setor, o presidente da CBIC, Celso Petrucci, mostrou que está mais pessimista para 2022

 O cenário para o mercado imobiliário em 2022 é desanimador. Não só a piora da inflação tem pressionado os custos dos materiais de construção, diminuindo a margem de lucro das empresas do setor, como também o aumento dos juros (para combater a alta dos preços) tem reduzido o apetite dos consumidores para buscar financiamentos. 

Nesta semana, um dos principais representantes do setor, o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Celso Petrucci, mostrou que está mais pessimista para 2022. Há três semanas, ele acredita que o ano que vem seria de estabilidade nas vendas. Agora, ele espera uma queda, mas sem especificar uma variação. 

Para ele, a mudança de visão é explicada basicamente pela piora das condições econômicas do País. Nos últimos dois meses, as contratações de financiamento imobiliário com recursos do FGTS caiu pela metade, em um claro sinal de que a demanda está combalida. 

Os analistas do BTG Pactual que acompanham o setor concordam com cenário traçado por Petrucci para 2022, mas ressaltam que as construtoras listadas na Bolsa vivem uma situação melhor e devem atravessar esse período de forma mais tranquila. 

“As construtoras listadas têm apresentado balanços fortes e bons projetos, ao mesmo tempo em que conta com valuations atrativos”, afirmam os analistas Gustavo Cambauva e Elvis Credendio, em relatório distribuído a clientes. 

Para eles, quem deve sofrer mais em 2022 são as construtoras voltadas para um público de baixa renda, o mais afetado em períodos de crise econômica. “O alto custo de construção vai continuar machucando as margens dessas empresas, que são menos resilientes ao aumento do preço de venda ao consumidor”, escreveram. 

Entre as construtoras que contam com uma visão otimista do BTG, está a Cyrela (CYRE3). Para 2022, o banco de investimento lucro líquido de R$ 1,24 bilhão para a empresa, acima dos R$ 913 milhões esperados para 2021, segundo o relatório mais recente sobre a companhia, publicado no dia 12 de novembro. 

O preço-alvo da ação é de R$ 37, com recomendação de compra. Por volta das 12h26, o papel era negociado a R$ 15,36, em queda de 0,90%. 

Outra que está “bem na fita” com o BTG é a JHSF (JHSF3), de empreendimentos de alto padrão. Com recomendação de compra, o preço-alvo é de R$ 11. Por volta das 12h35, a ação era negociada a R$ 5,59, em alta de 0,54%. 

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