Varejo espera vendas maiores em março e abril, diz IDV; ações do setor sobem

As empresas do setor varejista esperam crescimento das vendas nos meses de março e abril na comparação com igual período do ano passado, mas preveem queda nos resultados em maio, segundo o Índice Antecedente de Vendas do Instituto para Desenvolvimento do Varejo.

Os dados mostram que as empresas associadas ao IDV esperam que as vendas de março aumentem 8,1% em relação ao mesmo período do ano anterior, já descontado o efeito da inflação. Para abril, a previsão é de alta de 1,7%, enquanto para maio a estimativa é queda de 3%.

Os associados ao IDV incluem grandes empresas varejistas de capital aberto, como Americanas (AMER3), Carrefour (CRFB3), Pão de Açúcar (PCAR3), Soma (SOMA3), Renner (LREN3), Magazine Luiza (MGLU3), Marisa (AMAR3), Petz (PETZ3), Raia Drogasil (RADL3), Via Varejo (VIIA3) e Vivara (VIVA3).

As ações da maioria destas empresas operam em alta hoje – e, em alguns casos, como nos de Grupo Soma e Lojas Renner, os papéis registram as altas mais intensas dentre os componentes do índice Ibovespa. Confira o desempenho de algumas das ações por volta das 15h20, conforme informações disponíveis na plataforma TradeMap.

De acordo com o IDV, alguns fatores econômicos e estratégias comerciais explicam a expansão esperada para este mês e o próximo. Entre eles estão a redução de casos de covid-19 e o avanço contínuo da vacinação, o aumento da renda e a diminuição do desemprego. Elas também citaram o aumento da intenção de compra de bens duráveis e a promoção de datas sazonais, como a Semana do Consumidor, em março.

Entre os fatores que podem prejudicar os resultados, está o baixo nível da confiança do consumidor, o aumento da inflação, a elevação das taxas de juros e o encarecimento do crédito, além da manutenção de gargalos logísticos globais e crises nas cadeias de suprimentos e do aumento na concorrência com redes de outros países.