A Vale (VALE3) fechou um acordo para vender a fatia de 50% que detém na Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) para a ArcelorMittal. As sócias da mineradora na empresa – as sul-coreanas Posco e Dongkuk – também vão vender as participações que possuem na siderúrgica.
Em comunicado, a Vale diz que o valor da operação é de US$ 2,2 bilhões, incluindo tanto o preço pago pelos ativos quanto as dívidas da CSP. A mineradora disse que os recursos recebidos serão usados para antecipar o pagamento das dívidas ligadas à siderúrgica, que giram em torno de US$ 2,3 bilhões.
A Vale já havia sinalizado há meses ao mercado que estava procurando um comprador para a siderúrgica de Pecém, dada a estratégia atual da companhia de se concentrar em atividades mais ligadas à mineração, seu negócio principal.
Antes disso, a Vale já havia vendido uma fatia de 50% na California Steel Industries, uma produtora de aço laminado plano e produtos de tubos localizada na Califórnia, para a Nucor.
Localizada no estado do Ceará e fundada em 2008, a CSP é uma joint venture entre a Vale (50%), Dongkuk (30%) e Posco (20%), com capacidade para produzir 3 milhões de toneladas de placas de aço por ano.
Ainda não está claro se a venda da CSP para a ArcelorMittal resultará no fim do contrato que a Vale possui com a siderúrgica para fornecer minério de ferro. O acordo foi assinado em fevereiro de 2018 e tinha previsão de vigorar até 2036, com um valor estimado em R$ 4,7 bilhões. A Vale recebeu pouco mais de 10% deste valor até agora.
O contrato poderia ser rescindido em caso de descumprimento das obrigações contratuais, em caso de falência, força maior por um período maior que 180 dias consecutivos, se o acordo de acionistas fosse extinto ou se a Vale deixasse de possuir ao menos 10% das ações da CSP.
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