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Track&Field (TCFO4): companhia pretende crescer por meio de abertura de lojas, diz CEO

Companhia acumula valorização de aproximadamente 40% desde IPO, em outubro de 2020, na bolsa brasileira

Com a proximidade do fim da pandemia de Covid-19, a consequente reabertura das economias e a chegada de datas comemorativas de fim de ano, o setor de varejo tem chamado a atenção dos investidores diante da possibilidade de aumento nas vendas.

Pensando nessa retomada, a Agência TradeMap conversou na terça-feira, 23, com a Track&Field (TCFO4) para debater as adaptações que a companhia brasileira precisou fazer ao longo da pandemia para se manter de pé, além das perspectivas para o próximo ano. Participaram da live Fred Wagner (CEO), Fernando Tracanella (CFO) e os analistas do TradeMap Sandra Peres e Jader Lazarini.

De olho nas lojas

Durante a conversa, os representantes da companhia disseram que a expectativa é finalizar o ano com aproximadamente 300 lojas – hoje a varejista conta com 268 unidades –, sendo a maioria franqueada. Por ter baixa alavancagem, a empresa utilizará seu caixa para renovações das lojas e aberturas, além de investimentos em seu e-commerce com uma possível entrada no marketplace.

É dessa forma que a Track&Field planeja expandir seus negócios. Segundo Wagner, as vendas e margens da Track&Field têm se beneficiado pela sua omnicanalidade, ou seja, o total de integração das lojas físicas com o comércio online. Atualmente, 225 unidades contam com este formato.

Outro ponto abordado pelo CEO é a agilidade de entrega dos seus produtos: cerca de 75% de tudo que é comprado no e-commerce é entregue em um dia. Cerca de 40% das vendas totais são influenciadas digitalmente, ou pela plataforma online ou via WhatsApp.

Esse crescimento tem impactado diretamente no CARG (taxa de crescimento anual composta, em português) da Track&Field, por volta de 15% a 17%.

Desempenho na bolsa

A Track&Field acabou de completar o primeiro aniversário na bolsa brasileira. Sua oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) ocorreu em 23 de outubro de 2020, com os papéis preferenciais listados no segmento Nível 2 de governança corporativa da B3.

Na época, as ações foram precificadas a R$ 9,25, o que significa um avanço da ordem de 39,2% até o pregão de terça-feira, 19, quando os papéis fecharam a R$ 12,88. Em um ano, as ações acumulam ganhos de quase 20% na B3.

O consenso da Refinitiv aponta que, de cinco recomendações, três são de compra e duas são de manutenção, com preço-alvo (mediana) a R$ 17.

Por trás da Track&Field

Criada em 1988 pelos empresários e amigos Fred Wagner, Alberto Azevedo e Ricardo Rosset, a Track&Field (que significa “atletismo” em tradução livre) nasceu da vontade de vender camisetas no colégio. O negócio, que começou com venda para marcas de surfwear, amadureceu, até os empresários investirem na marca própria de roupas esportivas, que ganhou sua primeira loja em 1990.

→ Confira mais indicadores sobre a Track&Field na Lâmina de Empresas do TradeMap

Com mais de 30 anos no mercado, hoje a Track&Field se consolida como a maior marca brasileira de esporte no setor de vestuário. São 268 lojas em 117 cidades de 25 estados – desse total, 40 são unidades próprias e 228, franquias. Apenas no terceiro trimestre de 2021, foram abertas 12 lojas.

Dessa forma, a varejista atende mais de 2,2 milhões de clientes, em um ecossistema que bate com mais de mil eventos anuais e uma plataforma de vendas com quase 235 mil usuários cadastrados.

Resultados do terceiro trimestre

No terceiro trimestre deste ano, a empresa registrou lucro líquido ajustado, que desconsidera efeitos não recorrentes, de R$ 20,1 milhões, salto de 209,7% frente ao número reportado no mesmo período de 2020. Por conta disso, o CEO da Track&Field comentou que a empresa pode elevar a distribuição de dividendos.

O desempenho se deve, principalmente, à base anual de comparação, uma vez que, entre os meses de julho a setembro de 2020, a companhia estava com as lojas físicas fechadas por conta das restrições à Covid-19 e da migração das vendas exclusivamente para os canais digitais.

Mesmo em relação ao terceiro trimestre de 2019, quando não havia a pandemia, contudo, o lucro líquido ajustado subiu 86% frente aos R$ 10,8 milhões registrados na época.

A receita líquida totalizou R$ 124,8 milhões nos três meses, crescimento de 88,3% frente a igual intervalo do ano anterior.

Já o resultado operacional medido pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, em português) ajustado somou R$ 25,9 bilhões entre julho e setembro, alta anual de 132%, com margem de 20,8%, aumento de 3,9 pontos percentuais na mesma base comparativa.

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