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Taxas de títulos do Tesouro Direto de curto prazo recuam após Copom

Apesar disso, juros futuros ainda precificam Selic em 13,50% no final do ano

Foto: Shutterstock

As taxas dos títulos públicos negociados por meio do Tesouro Direto de prazos mais curtos recuaram nesta quinta-feira (17), com o mercado se ajustando à sinalização do Banco Central de que pode encerrar o ciclo de aperto monetário em maio com mais uma alta de 1 ponto percentual da taxa Selic.

Os juros futuros também mostraram um leve recuo, apontando uma alta da Selic para entre 13,25% e 13,50% no final do ciclo de aperto monetário, abaixo da taxa refletida no mercado de 13,75% antes da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Ontem, o BC elevou na terça-feira a taxa básica de juros em 1 p.p. pela nona vez consecutiva.

No comunicado, o BC sinalizou que a taxa de 12,75% pode ser suficiente para alcançar a convergência da inflação para a meta de 3,25% para 2023, se o preço do petróleo ficar no patamar de US$ 100 e as condições atuais do mercado se mantiverem constantes.

Apesar de terem caído hoje, os juros futuros mostraram que o mercado ainda projeta um ciclo de alta maior do que o cenário do Copom para os juros básicos.

Bancos como Santander, Bradesco e Bank of America também esperam uma taxa Selic de 13,25% no fim do ciclo de aperto, com o BC iniciando o processo de queda da taxa de juros apenas no ano que vem.

Um dos principais fatores para o BC ir além de maio na alta de juros será o preço do petróleo, aponta o UBS. Se o preço do petróleo voltar para US$ 120 o barril, o BC pode continuar a alta de juros em junho, mas o mais provável é que ele pare em maio, destacou o banco em relatório.

Às 16h17, o preço do barril de petróleo tipo Brent subia 9,58% para US$ 107,29 nesta quinta-feira após frustração com a expectativa de um avanço nas negociações para um cessar-fogo no conflito na Ucrânia.

Taxas de papéis no Tesouro Direto recuam

As taxas dos títulos no Tesouro Direto nos prazos mais curtos também recuaram hoje, com o mercado vendo a chance do BC fazer um ciclo de aperto de juros menor que o esperado.

Às 15h28, a taxa do título com vencimento em 2025 recuava de 12,41% para 12,32%.

Já a taxa do Tesouro IPCA com vencimento em 2026 caía de 5,66% no último fechamento para 5,61%, enquanto o prêmio do papel com prazo em 2035 subia de 5,83% para 5,85%. A taxa do mesmo título para 2055 com pagamento de juros semestrais subia de 5,87% para 5,89%.

Quando a taxa do papel cai, os preços dos títulos emitidos no mercado com um rendimento maior sobem. Isso significa que quem têm esses papéis na carteira teve uma valorização desses títulos.

No mercado de juros futuros, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2023 caiu para 12,92% ante 13,12% do ajuste anterior. Já a taxa do DI para 2027 recuou para 12,13% ante 12,25% do ajuste anterior.

Em meio a riscos de inflação persistentes com  alta dos preços das commodities, o mercado repercutiu hoje o dado de atividade medido pelo IBC-Br, que é uma prévia do PIB medido pelo BC, que apontou queda de 0,99% em janeiro ante dezembro e veio pior que o esperado.

 

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