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Taxa de desemprego cai ao menor nível desde julho de 2015 e renda real cresce mais uma vez

Resultado veio em linha ao esperado pelo mercado; número de pessoas ocupadas chega a 99 milhões e bate novo recorde

Foto: Shutterstock

A taxa de desemprego caiu para 8,9% no trimestre finalizado em agosto, menor nível desde julho de 2015 e um desempenho em linha com o esperado por analistas de mercado. O dado anterior, do trimestre encerrado em julho, mostrava taxa de desemprego em 9,1%.

Os dados são da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), divulgada nesta sexta-feira (30)  pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O contingente de pessoas ocupadas foi de 99 milhões, batendo novamente o recorde na série histórica, iniciada em 2012. Segundo o IBGE, três atividades influenciaram a queda do desemprego em agosto: comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas, administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, e outros serviços.

“O mercado de trabalho segue a tendência demonstrada no mês passado, continuando o fluxo que ocorre ao longo do ano, de recuperação”, explica Adriana Beringuy, coordenadora da Pnad.

Renda média real volta a crescer

O rendimento real dos trabalhadores cresceu pelo segundo período consecutivo. Em agosto, o salário médio do brasileiro foi de R$ 2.713, alta de 3,1% em comparação ao trimestre anterior. Na base anual, a renda apresentou estabilidade.

“’Esse crescimento está associado, principalmente, à retração da inflação. Mas a expansão da ocupação com carteira assinada e de empregadores também são fatores que colaboram”, diz Beringuy.

A alta da renda foi puxada pelos setores de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, com alta de 7,2% (R$ 123) e indústria, que subiu 4,4% (R$ 111).

População desocupada cai

O total de brasileiros desocupados foi de 9,7 milhões no trimestre encerrado em agosto, o nível mais baixo desde novembro de 2015. A queda foi de 8,8% (menos 937 mil pessoas) na comparação trimestral e 30,1% (menos 4,2 milhões) se comparado ao mesmo período do ano passado.

O contingente de pessoas sem carteira assinada foi para 13,2 milhões, o maior da série histórica. O movimento representa alta de 2,8% no trimestre (mais 355 mil pessoas) e de 16% (1,8 milhão de pessoas) no ano. Por outro lado, o número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado (excluindo trabalhadores domésticos) aumentou 1,1% e chegou a 36 milhões.

Os trabalhadores por conta própria chegaram a 25,9 milhões, nível estável em comparação aos três meses anteriores. O número de empregados no setor público cresceu 4,1% no trimestre encerrado em agosto, somando 12,1 milhões. Já os desalentados, totalizaram 4,3 milhões, ou 3,8%.

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