Suzano (SUZB3): valorização da celulose turbina resultados e companhia supera projeções do 4º tri

No quarto trimestre, o lucro líquido da companhia subiu 222% na base anual, para R$ 7,45 bi

Foto: Shutterstock/T. Schneider

E o que o mercado esperava mais do que se confirmou. A Suzano (SUBZ3), uma das maiores empresas de papel e celulose do mundo, apresentou resultados robustos em 2022, amparados pelo dólar mais forte no período e pelo aumento da receita, diante da valorização da celulose no mercado internacional.

No quarto trimestre de 2022, o lucro líquido da companhia subiu 222% na base anual, para R$ 7,45 bilhões. O resultado superou a maioria das projeções consultadas pela Agência TradeMap, já que o Itaú BBA esperava R$ 5,9 bilhões, o BTG Pactual previa R$ 7,2 bilhões, a Genial Investimentos estimativa R$ 6,4 bilhões e o Santander, que tinha a menor estimativa para o indicador, de R$ 4,8 bilhões. A XP era a única que destoava e previa um valor maior, de R$ 10,08 bilhões.

No ano, o lucro da Suzano alcançou R$ 23,4 bilhões, uma alta de 171% em relação a 2021.

A receita líquida, que foi altamente impactada pela valorização da celulose em 2022, teve avanço de 25% no quarto trimestre ante o mesmo período de 2021, para R$ 14,4 bilhões. A linha também superou as expectativas de analistas, que esperavam R$ 14 bilhões, no caso do BBA, enquanto a XP previa R$ 13,6 bilhões e a Genial R$ 13,8 bilhões. O BTG foi o que chegou mais perto do número, já que tinha projeção de R$ 14,3 bilhões.

Em 2022, a receita atingiu R$ 49,83 bilhões, uma alta de 22% na comparação anual.

Por consequência, o lucro operacional da Suzano, medido pelo Ebtida (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado atingiu R$ 8,2 bilhões no quarto trimestre, valor 29% maior na comparação anual. No ano, a geração de caixa operacional alcançou o maior patamar nominal de sua história, segundo a empresa, ao atingir R$ 28,2 bilhões, uma elevação de 20% em relação a 2021.

O resultado ficou acima da projeção da Genial, que estimava R$ 7,97 bilhões, mas um pouco abaixo do restante das casas consultadas, como BBA, XP, BTG e Santander, uma vez que todas previam ao redor de R$ 8,5 bilhões.

No âmbito operacional, a Suzano vendeu 3,1 milhões de toneladas de papel e celulose no trimestre, uma estabilidade na comparação anual. Do total, 2,7 milhões de toneladas foram de celulose, 1% maior na comparação anual, e 338 mil toneladas de papel, uma queda de 9% na mesma base de comparação. 

Já o preço médio líquido de celulose no mercado externo foi de US$ 831 por tonelada, uma alta de 32% ante o mesmo período do ano anterior, enquanto o preço médio de papel ficou em R$ 7,07 mil por tonelada no trimestre, 39% maior que o visto no mesmo intervalo de 2021. 

O custo caixa da celulose, ou seja, o dinheiro que sai do bolso para pagar as contas, subiu 25% na base anual, para R$ 937 por tonelada, como amplamente esperado, já que os índices inflacionários fecharam 2022 em patamares elevados.  

Empresa eleva desembolso para área de celulose

Diante de um cenário mais apertado de preços, a Suzano elevou o desembolso total para a área de celulose, passando de R$ 1,5 mil por tonelada para R$ 1,75 mil por tonelada até 2027.

Do total a ser desembolsado, o custo caixa de produção de celulose, incluído paradas programadas, será de R$ 708 por tonelada, enquanto os custos e despesas logísticas, com vendas e administrativas, será de R$ 573 por tonelada, e o capex (investimento) de manutenção, de R$ 470 por tonelada.

Em comunicado, a companhia frisou que essa atualização se deve aos maiores índices de inflação para 2023, além de maiores desembolsos relacionadas às atividades florestais e iniciativas de gestão visando uma maior competitividade da base florestal, cujos benefícios econômicos serão vistos após 2027.

Cancelamento de ações

Além dos resultados trimestrais, o conselho de administração da Suzano aprovou o cancelamento de 37,145 milhões de ações ordinárias em tesouraria, o equivalente a 92,86% do total de ações adquiridas em programas de recompras de 2022.

De acordo com a Suzano, após o cancelamento das ações, permanecerão em tesouraria o total de 15 milhões de ações ordinárias, que poderão ser utilizadas para cumprimento de planos de incentivo já aprovados e quaisquer outros planos que venham a ser aprovados.

Com isso, o capital social da companhia é de R$ 9,269 bilhões, dividido em 1,324 bilhão de ações ordinárias.

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