Suzano (SUZB3) sai do vermelho, surfa preço mais alto e tem lucro líquido de R$ 10 bilhões

No primeiro trimestre, a Suzano se beneficiou principalmente do aumento do preço médio líquido da celulose e do papel

Foto: Shutterstock

A Suzano (SUZB3) anunciou na noite desta quarta-feira (4) que registrou um lucro líquido de R$ 10,3 bilhões no primeiro trimestre deste ano, após ter anotado um prejuízo de R$ 2,7 bilhões em igual período do ano passado.

O resultado, porém, ficou abaixo da expectativa dos analistas do BTG, que estimativam um lucro líquido de R$ 11,4 bilhões, mas superou em quase cinco vezes a projeção da equipe da corretora do Inter, que calculou um ganho de R$ 2,2 bilhões.

O lucro da empresa, além de ter feito o negócio sair do prejuízo anotado nos primeiros três meses de 2021, representou uma expansão de 347% em comparação ao lucro do quarto trimestre do ano passado.

Nos primeiros três meses de 2022, a Suzano se beneficiou principalmente do aumento do preço médio líquido da celulose e do papel. O primeiro teve avanço de 20% no mercado externo, em relação ao primeiro trimestre do ano passado, para US$ 639 por tonelada, enquanto o segundo cresceu 26% no geral, para R$ 5.619 por tonelada.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações), por sua vez, teve avanço de 5% no primeiro trimestre, em comparação a igual período do ano passado, para R$ 5,1 bilhões, com uma geração de caixa operacional de R$ 3,9 bilhões, alta de 1%.

Segundo a empresa, os resultados cresceram apesar da apreciação do real no período (que torna o produto menos competitivo no mercado internacional), da continuidade da elevação dos preços das commodities (que afetam custos da companhia) e das paradas programadas de manutenção.

A margem como proporção do Ebtida, porém, diminuiu 2 pontos percentuais em um ano, para 53% no primeiro trimestre deste ano, ante 55% no início de 2021.

No mercado, a empresa vendeu 2,69 milhões de toneladas de papel e celulose no primeiro trimestre trimestre, retração de 9% ante igual intervalo de 2021. Do total, 2,38 milhões de toneladas foram de celulose, 10% menor na comparação anual, e 312 mil toneladas de papel, alta de 7%, na mesma base de comparação. 

No trimestre, o custo caixa de celulose sem paradas alcançou R$ 868 por tonelada, valor 39% maior que o visto no mesmo intervalo de 2021.

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