Ação da Robinhood (HOOD) dispara 24,5% após plataforma estender horários de negociação

A plataforma americana de serviços financeiros Robinhood Markets (HOOD) anunciou, nesta terça-feira (29), a extensão dos horários de negociação em seu aplicativo. Em resposta, as ações da companhia, negociadas na Bolsa de Nova York, disparavam 24,55%, a US$ 15,96, por volta das 15h15 (horário de Brasília).

Até então, os usuários da plataforma podiam negociar ativos durante o pregão regular, entre as 9h30 e as 16h. Agora, será possível comprar e vender ações durante o pré e pós-mercado – o que faz com que o novo intervalo de negociação seja das 7h às 20h, no horário de Nova York.

“Nossos clientes frequentemente nos dizem que estão trabalhando ou ocupados durante os horários regulares do mercado, limitando sua habilidade de investir no seu próprio tempo ou avaliar e reagir a importantes notícias de mercado”, disse a Robinhood em uma postagem em seu blog.

De acordo com o comunicado oficial da companhia, um dos motivos por trás da decisão são as divulgações de resultados trimestrais das companhias listadas nas Bolsas de valores, que costumam acontecer durante o pré e o pós-mercado.

“Dependendo do resultado, o preço da ação pode variar muito mais do que variaria durante o pregão regular. Com a negociação em horários estendidos você pode capturar essas oportunidades conforme elas ocorrem”, diz a postagem.

Além disso, é possível capturar oportunidades criadas pelas negociações em países além dos Estados Unidos, onde os horários de negociação muitas vezes não coincidem com os horários do pregão americano.

A Robinhood faz a ressalva, porém, que a negociação nestes horários estendidos pode trazer riscos de menor liquidez; maior volatilidade; diferença de preço entre o pré/pós-mercado e o pregão regular; riscos de fuso horário entre diferentes bolsas; riscos de novos anúncios durante o pregão; e diferença maior entre o preço de compra e o de venda.

Desde o início do ano, as ações da Robinhood acumulam queda de 9,7%.

No mercado, parece não haver consenso na visão sobre as ações. De acordo com dados da Refinitiv disponíveis na plataforma TradeMap, cinco das 14 instituições financeiras consultadas recomendam a compra da ação, sete indicam a manutenção do papel na carteira e duas recomendam a venda do ativo.

A mediana dos preços-alvo dos analistas é de US$ 15, o que corresponde a alta de 21% em relação ao valor do fechamento da última segunda-feira, de US$ 12,39.