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Rede D’Or (RDOR3) sofre com alta dos juros e vê lucro líquido cair 25% no 2º trimestre

No segundo trimestre, a companhia apresentou lucro líquido de R$ 358,4 milhões, queda de 25% ante o mesmo intervalo do ano anterior

Foto: Divulgação

A Rede D’Or, uma das principais redes de hospitais do país, sentiu mais uma vez na pele o quanto o aumento dos juros no Brasil pode ser prejudicial para o seu lucro.

No segundo trimestre, a companhia apresentou lucro líquido de R$ 358,4 milhões, queda de 25% em relação a igual período do ano passado.

O número ficou abaixo da projeção do Santander, que esperava ganho de R$ 392 milhões, mas acima das previsões de BTG Pactual e Genial Investimentos, que estimavam lucro de R$ 176 milhões e R$ 335 milhões, respectivamente.

Segundo a própria empresa, a piora se deve principalmente ao aumento das despesas financeiras, que basicamente refletem o quanto a empresa desembolsa para pagar os juros das dívidas que assumiu.

No período, as despesas financeiras da Rede D’Or mais do que dobraram em um ano, ao somarem R$ 915,4 milhões, crescimento de 110% em comparação ao montante anotado no segundo trimestre do ano passado.

Desde março do ano passado, o Brasil tem visto a Selic, a taxa básica de juros, subir sem parar. De lá para cá, a taxa saiu de 2% ao ano para 13,75%.

Só as despesas com juros e variações monetárias da Rede D’Or tiveram um salto de 156% em um ano, para R$ 747,2 milhões no segundo trimestre.

No segundo trimestre, a dívida bruta da Rede D’Or alcançou o nível de R$ 28,9 bilhões, alta de 30,7% em comparação ao que tinha um ano antes. E a posição em caixa e equivalentes de caixa ficou negativa em R$ 225,5 milhões, 136,6% pior do que no segundo trimestre do ano passado.

De acordo com a companhia, os efeitos não recorrentes relacionados à pandemia seguiram impactando o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) no segundo trimestre, porém em menor intensidade quando comparados ao trimestre anterior, afetados pela disseminação da variante Ômicron nos primeiros meses do ano.

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No segundo trimestre, os custos diretamente associados à pandemia totalizaram R$ 82,1 milhões, queda 61,2% em relação ao mesmo período do ano anterior

“Tais custos não são reembolsáveis por operadoras de saúde e incluem a contratação de mão de obra temporária, aumento do quadro de colaboradores para separação de fluxos nos hospitais, uso intensivo de EPIs, testagem em massa, serviços especializados de terceiros, entre outros”, disse a empresa, em relatório que acompanha o balanço.

Com isso, o Ebitda somou R$ 1,437 bilhão no segundo trimestre, avanço de 15,5% em comparação ao segundo trimestre do ano passado.

A margem Ebitda, por sua vez, subiu para 24,8% no segundo trimestre, uma alta de 0,9 ponto percentual em um ano.

A receita bruta da Rede D’Or atingiu R$6,5 bilhões, valor recorde que representa um aumento de 11,1% ante o segundo trimestre do ano passado. Já o ticket médio caiu 1,3%, impactado pela variação no perfil médio de tratamentos, e pelas integrações de aquisições recentes.

Desde outubro de 2020, a companhia anunciou a aquisição de 17 hospitais, que somam 2.213 leitos. Todas as aquisições já foram formalmente concluídas.

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