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Rede D’Or (RDOR3): Goldman Sachs recomenda compra da ação, mas espera valorização menor

Banco cortou preço-alvo da ação de R$ 51 para R$ 46

Foto: Shutterstock

O Goldman Sachs reduziu o preço-alvo da ação da Rede D’Or (RDOR3) de R$ 51 para R$ 46, após revisar as projeções e estimar que a empresa pode ter dificuldades em aumentar os valores recebidos dos planos de saúde. Ainda assim, o banco reiterou a recomendação de compra dos papéis, dada a perspectiva de melhora na lucratividade nos próximos meses.

Em relatório distribuído ao mercado nesta quinta-feira (1), os analistas Gustavo Miele e Emerson Vieira explicaram que o segundo trimestre da Rede D’Or veio em linha com as expectativas e com expansão sequencial da rentabilidade. Contribuíram para isso tanto a melhora no capital de giro da companhia, resultado de negociações mais favoráveis com os planos de saúde, como o aumento de eficiência nos custos, seja com pessoal seja com materiais hospitalares e remédios.

“Prevemos que a empresa terá mais melhorias nessas duas linhas (rentabilidade e capital de giro) no segundo semestre. Por outro lado, vemos o ticket médio como o ponto baixo do trimestre, mas esperamos uma normalização gradual à medida que se iniciem os reajustes dos planos de saúde para o restante do ano”, afirmaram os analistas.

Para o terceiro trimestre deste ano, o Goldman espera que a taxa de ocupação de leitos seja um pouco maior do que os níveis históricos para o mesmo período, atingindo 78,5%. A média de 2015 a 2021 para o terceiro trimestre foi de 78,1%. No segundo trimestre deste ano, a taxa de ocupação foi de 82,6%, mas esta época do ano tende a ser melhor para a Rede D’Or neste quesito, segundo o Goldman Sachs.

Em relação à Covid-19, o banco prevê queda no aumento de casos leves, enquanto o número de procedimentos eletivos deve aumentar, transformando-se em um potencial vento contrário para as margens.

“Estamos assumindo de forma conservadora que o ticket médio ficará praticamente estável em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, já que a empresa tem visto um ambiente de negociação mais benigno com os clientes”, diz o banco.

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Por outro lado, a maior visibilidade trazida pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) de reajuste de preço dos planos individuais de 15,5% está aliviando os custos à medida em que os reajustes são implementados.

“A Rede D’Or deve entregar reajustes de preços de dois dígitos, com espaço para mais aceleração até o final do ano. No entanto, o terceiro trimestre de 2021 representa uma base de comparação difícil para o mix, pois a empresa se beneficiou fortemente [em 2021] de altos casos de Covid-19 em UTI, o que pode limitar a melhoria de ingressos na base anual”.

Por volta de 14h15, o papel ordinário da maior empresa verticalizada de saúde do Brasil operava em alta de 0,72%, a R$ 33,57. Nos últimos 12 meses, a ação acumula uma queda de 49,5%.

Dentre 13 recomendações colhidas pela Refinitiv com instituições financeiras e disponíveis no TradeMap, 12 são de compra e uma para manter o papel. A mediana dos preços-alvo é de R$ 46,50, o que representa uma valorização de 39,51% em relação ao fechamento desta quarta-feira (31), que foi de R$ 33,33.

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