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Receita da Azul decola no 3º tri, mas alta do dólar pesa no resultado

Empresa registrou forte recuperação na receita com transporte aéreo de passageiros

Foto: Divulgação / Azul

A Azul, companhia de transporte aéreo, registrou prejuízo líquido de R$ 2,2 bilhões no terceiro trimestre, 83% maior que o observado um ano antes e comparado ao lucro de R$ 1,1 bilhão no segundo trimestre deste ano, pressionada por perdas contábeis decorrentes da desvalorização do real em relação ao dólar. Excluindo este efeito, que não afeta o caixa da empresa, o prejuízo da Azul encolheu 37,2% na comparação anual e 35,6% na trimestral, para R$ 766,2 milhões.

A receita líquida da Azul aumentou 59,6% no terceiro trimestre em relação ao segundo trimestre, para R$ 2,7 bilhões, e mais que triplicou em relação ao terceiro trimestre do ano passado, puxada principalmente pelo crescimento no transporte de passageiros – o faturamento líquido desta linha de negócio teve alta 69,3% em relação ao segundo trimestre deste ano e de 3,8 vezes comparado a um ano antes, para R$ 2,4 bilhões.

Também ajudou nos resultados a expansão do transporte de carga e de outras receitas, para R$ 317,6 milhões – alta de 11,5% em relação ao segundo trimestre e de 76% ante o terceiro trimestre de 2020.

Os custos da Azul aumentaram 22,8% no terceiro trimestre em relação ao trimestre imediatamente anterior e 2,5 vezes ante o terceiro trimestre de 2020, para R$ 2,6 bilhões, refletindo um aumento em sua principal linha de despesa, a com combustível de aviação, que atingiu R$ 879,2 milhões no período – alta trimestral de 44,3% e anual de 3,8 vezes.

O resultado operacional da Azul – receita líquida menos despesas – ficou positivo em R$ 136,3 milhões, versus o resultado negativo de R$ 400,2 milhões no segundo trimestre de 2021, o que equivale a uma margem operacional de 5,0%.

O que pesou sobre os resultados do terceiro trimestre foram os ajustes contábeis que a empresa precisou fazer por causa da variação cambial. A Azul registrou uma perda não-monetária em moeda estrangeira de R$ 1,5 bilhão no terceiro trimestre deste ano, principalmente por causa da depreciação de 8,7% do real no período.

A Azul encerrou o terceiro trimestre com R$ 5,3 bilhões de liquidez – incluindo caixa, equivalentes de caixa,
investimentos e recebíveis de curto prazo -, praticamente estável em relação ao segundo trimestre deste ano. A liquidez total, incluindo depósitos, reservas de manutenção e recebíveis de longo prazo era de R$ 8,3 bilhões no final do terceiro trimestre.

Receita e custo unitário

No terceiro trimestre a Azul afirmou que a receita operacional dividida pelo total de assentos-quilômetro oferecidos – Rask, um indicador de faturamento – voltou para níveis anteriores aos da pandemia de covid-19, um trimestre antes do que estava previsto. A RASK total atingiu R$ 0,314, 12,5% acima do trimestre anterior e 0,6% maior que a observada no terceiro trimestre de 2019, antes da pandemia.

“Mais de 30 milhões de brasileiros foram totalmente vacinados e esse número vem crescendo a cada dia em média em mais de 1 milhão. Isso nos traz mais otimismo em relação às nossas tendências de receita”, disse a Azul no comunicado com o balanço.

O custo operacional dividido pelo total de assentos-quilômetro oferecidos – Cask, indicador de despesas – caiu 13,5% no terceiro trimestre em relação ao segundo trimestre deste ano, para R$ 0,298, mas aumentou 16,8% na comparação com o terceiro trimestre de 2019.

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