Problema à vista? Embraer (EMBR3) cai mais de 1% enquanto mercado digere erro contábil da Eve

A ação da Embraer (EMBR3) iniciou o pregão desta sexta-feira (30) como a maior alta do Ibovespa, caindo mais de 1%, após um erro contábil da subsidiária Eve, que terá que refazer o balanço do segundo trimestre, trazendo dúvidas sobre se a fabricante de aeronaves brasileira terá que fazer o mesmo.

Em comunicado enviado ao mercado na quinta-feira (29), a Embraer disse que foi informada pela Eve da medida depois que o comitê de auditoria da subsidiária concluir que a contabilização de determinados bônus de subscrição emitidos pela companhia deveria ser ajustada.

Segundo a Eve, o efeito do refazimento das demonstrações financeiras do período incidirá sobre um aumento nas despesas não-caixa de aproximadamente US$ 87 milhões, e um aumento do capital social no mesmo valor.

Diante disso, a Embraer informou que está avaliando os efeitos que as alterações nas demonstrações financeiras da Eve devem ter sobre seu próprio balanço do segundo trimestre.

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Até o momento, de acordo com a fabricante de aeronaves brasileira, a estimativa é de um aumento de cerca de US$ 82 milhões nas despesas não-caixa e no passivo não-circulante.

Além disso, a Embraer está avaliando impactos em outras contas de seu balanço, relacionadas principalmente à transação envolvendo a Eve e a SPAC (Special Purpose Acquisition Company) que permitiu a listagem da subsidiária nos Estados Unidos. Estes impactos, na avaliação da companhia, poderiam aumentar as despesas não-caixa em aproximadamente US$ 83 milhões.

As despesas não-caixa são aquelas que não estão diretamente relacionadas à operação da companhia, ou seja, que não geraram desembolsos de caixa no período em questão.

Por volta de 10h58, o papel ordinário da Embraer operava em baixa de 1,38%, a R$ 11,78. Nos últimos 12 meses, a ação acumula uma queda de 49,1%, segundo dados disponíveis na plataforma TradeMap.