O conselho de administração da Copel (CPLE6) aprovou um estudo para renovação das concessões das usinas hidrelétricas Foz do Areia, Segredo e Salto Caxias por 30 anos.
Juntas, as usinas possuem capacidade instalada de 4.176 MW (megawatts), sendo que Foz de Areia tem a maior capacidade, de 1.676 MW, seguida pela usina Segredo, com 1.260 MW, e pela de Salto Caxias, com 1.240 MW. As concessões vencem em 2024, 2032 e 20233, respectivamente.
Para o pagamento de bônus de outorga, a estatal paranaense avalia alternativas para captar recursos, como uma possível oferta pública de ações ordinárias e units.
De acordo com comunicado enviado ao mercado na noite de quarta-feira (21), a definição ou a aprovação da realização da oferta vão depender do resultado do estudo, além de aprovação de órgãos de controle.
O que achamos?
A renovação dessas três concessões é um passo-chave para a Copel caminhar rumo à desestatização, que deve ser realizada até dezembro de 2023.
Essas concessões correspondem a 60% da capacidade de geração de energia elétrica da companhia e uma possível renovação traria maior tranquilidade para a empresa, caso seja privatizada.
Isso porque o limite para pagamento do bônus de outorga do principal ativo da empresa, Foz do Areia, é o fim de dezembro de 2023.
Caso não haja renovação do contrato até o prazo, as usinas serão revertidas para a união. Dessa forma, a privatização seria algo estratégico. Ao renovar as concessões antecipadamente, a empresa manteria o controle das usinas.
Aos olhos do investidor, a privatização da companhia reduziria o risco político do negócio e possivelmente tornaria a empresa mais eficiente.
A empresa poderia ficar livre de estratégias de investimentos e governança com vieses políticos, podendo focar nas operações e atingir maior lucratividade.
Como as ações devem reagir?
Os investidores devem seguir otimistas, uma vez que foi dado mais um passo a caminho da privatização.
As ações devem abrir em leve alta no pregão desta quinta-feira (22), pois os preços já estão embutindo as notícias da possível privatização.
No acumulado do ano, as ações da Copel acumulam alta de 18,6%.