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Por que o Burger King (BKBR3) sai da pandemia com mais oportunidades do que antes, na visão do BTG

Balanço mais forte ajuda a rede de restaurantes a se colocar à frente da concorrência

Foto: Divulgação

Depois de dois anos de pandemia, que atingiu em cheio os restaurantes com as medidas de restrição para conter a disseminação do vírus, a rede de fast food Burger King (BKBR3) sai deste período com mais oportunidades de ganhar participação de mercado do que quando entrou, na visão da equipe de analistas do BTG Pactual, em relatório distribuído nesta sexta-feira (8).

A pandemia, na análise do BTG, deu forças a uma tendência de consolidação neste mercado, que ainda é muito fragmentado no Brasil. De acordo com dados do banco, apenas 32% do mercado brasileiro de fast food está na mão das redes de restaurantes, contra a média global de 65%.

A alta fragmentação, segundo o BTG, é consequência da chegada do setor ao interior do país e à expansão dos shopping centers nestas regiões, mas tende a sair menor da pandemia.

Durante este período, as grandes redes tinham balanços mais fortes do que seus concorrentes, com mais recursos para investir em corte de custos, negociação com fornecedores e adaptação de canais de venda.

Agora, quando a economia começa a melhorar, “nós as vemos em uma posição ainda mais forte para aumentar sua participação de mercado nos próximos anos”, dizem os analistas.

Outro ponto que joga a favor das grandes redes de fast food é sua habilidade em destinar mais recursos para a digitalização de seus negócios, mesmo que isso comprometa um pouco da margem.

Neste cenário, o fato de o Burger King ter marca forte o suficiente para fazer com que seu aplicativo próprio ganhe relevância, e não focar apenas em agregadores como iFood e Rappi, permite o crescimento de “vendas identificadas” e a fidelização de consumidores, o que possibilita a criação de ofertas personalizadas e, assim, a redução das pressões de margem e de concorrência.

O BTG destaca ainda que rede de restaurantes deve ser acelerada pela abertura de algo entre 70 e 90 lojas neste ano e pelo menor ritmo de alta de preços em relação aos últimos trimestres.

Com tudo isso, o banco mantém sua recomendação de compra para as ações do Burger King e eleva seu preço-alvo para R$ 14, de R$ 13 anteriormente. O novo preço corresponde a alta de 91% contra o valor do ativo no fechamento da última quinta-feira, de R$ 7,34.

Para além do BTG, o mercado parece otimista com a ação, de uma maneira geral. De acordo com dados da Refinitiv disponíveis na plataforma TradeMap, oito das novas instituições financeiras consultadas indicam a compra da ação, enquanto a restante recomenda a manutenção do papel na carteira.

Análise de especialistas sobre as ações do Burger King
Fonte: TradeMap

A mediana de preços-alvo dos analistas é de R$ 12 – potencial de alta de 63%.

Por volta das 16h15 desta sexta-feira, o papel era negociado em alta de 1,23%, a R$ 7,43 – na contramão do Ibovespa, que operava em baixa de 0,53%, aos 118.227 pontos.

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