O BTG Pactual Digital reiterou a recomendação de compra das ações da Petz (PETZ3), citando como justificativas o potencial de expansão nacional da empresa e a exposição da companhia a um mercado grande, de alto crescimento e fragmentado.
Apesar da visão positiva, o banco cortou o preço-alvo para a ação, de R$ 32 para R$ 26, por ver um aumento no custo de capital à frente, de acordo com relatório publicado nesta sexta-feira (4).
O novo preço-alvo representa alta de 42% em relação à cotação do papel no fechamento da última quinta-feira (3), de R$ 18,28.
A revisão das estimativas do BTG veio depois de os analistas do banco se reunirem com o cofundador da Zee.Dog, Felipe Diz, com o CEO da Petz, Sergio Zimerman, e com a CFO da companhia, Aline Pena, para discutir as iniciativas da Petz para construir um ecossistema mais completo.
Em agosto do ano passado, a Petz anunciou a aquisição da Zee.Dog por R$ 715 milhões, e hoje a empresa adquirida corresponde a 12% do preço-alvo fixado pelo BTG.
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Durante a conversa com o banco, a gestão da Petz discutiu as potenciais sinergias com a Zee.Dog. Do lado da oferta, e empresa diz ter melhorado seu relacionamento com alguns fornecedores, e a expectativa é que a melhor escala ajude as margens. O know-how da Zee.Dog no desenvolvimento de seu portfólio de marcas próprias, que costumam ter margens maiores, também deve impulsionar a empresa.
No longo prazo, a expectativa do banco é que a margem bruta da Zee.Dog supere a da Petz, “dada a maior penetração de produtos de marca própria nas vendas da empresa”, dizem os analistas.
O BTG aponta também a existência de avenidas de crescimento ainda não exploradas, com potencial de agregar valor a longo prazo, como a expansão internacional da Zee.Dog, a verticalização da produção de tapetes higiênicos, reduzindo custos, e o projeto Zee Kitchen, que opera um negócio de alimentos para animais.
Por volta das 14h desta sexta-feira, a ação da Petz caía 3,45%, a R$ 17,65.