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Petróleo sobe a mais de US$ 110 por falta de acordo entre Rússia e Ucrânia

Negociações entre os dois países seguem sem avanço significativo, e petróleo sobe diante de perspectiva de sanções mais duradouras à Rússia.

Foto: Shutterstock

O petróleo voltou a operar acima de US$ 110 o barril em meio ao ressurgimento de receios com a oferta da commodity e a preocupações de que a guerra entre a Rússia e a Ucrânia levará tempo para terminar.

Por volta das 9h20 (de Brasília), os preços petróleo tipo Brent – que serve como referência para o mercado internacional – subia 4%, para US$ 112,27 o barril.

Os preços do petróleo estão se comportando de forma volátil e pendendo para níveis mais altos desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, no final de fevereiro.

O conflito afeta o mercado da commodity porque a Rússia, o maior exportador mundial de petróleo, tem sido alvo de sanções econômicas desde então, e algumas das medidas na prática impedem os russos de vender o produto ao exterior.

Na semana passada, a AIE (Agência Internacional de Energia) afirmou que as grandes petrolíferas e empresas que negociam petróleo estão evitando fazer transações com a Rússia, e que a consequência disso será uma queda de 3 milhões de barris por dia na produção do país.

Os preços do petróleo chegaram a cair e a operar abaixo de US$ 100 por barril na semana passada em meio a expectativas de que Rússia e Ucrânia chegariam a uma solução diplomática para encerrar a guerra, mas nenhum acordo foi anunciado.

Além disso, no fim de semana, o governo russo disse que até agora faltou progresso significativo nas negociações entre os dois países.

Enquanto isso, no campo de batalha, a severidade da guerra aumentou. A Rússia passou a bombardear a Ucrânia com mais frequência e com equipamentos mais sofisticados – inclusive mísseis hipersônicos.

Além da perspectiva de demora no fim da guerra – e na remoção das sanções à Rússia -, no fim de semana instalações petrolíferas da Arábia Saudita foram alvo de ataques do grupo muçulmano xiita Houthis.

Os ataques danificaram um terminal de distribuição de combustíveis e atingiram uma usina de gás natural e uma refinaria.

“Como resultado, a refinaria de Yanbu, que processa 400 mil barris por dia, diminuiu temporariamente a produção, mas não haverá interrupção no fornecimento aos clientes porque há estoques disponíveis”, disse o banco ING em relatório.

Apesar disso, “os estoques na maioria das regiões estão nos menores níveis em vários anos, então o mercado ficará sensível a qualquer potencial problema no lado da oferta”, acrescentou.

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