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Petróleo cai quase 5% após China retomar medidas para conter alta avanço da Covid-19

Receio com demanda por petróleo ofuscou preocupação com corte na oferta da Opep

Foto: Shutterstock

Os preços do petróleo caem mais de 5% nesta terça-feira (30), após várias grandes cidades da China anunciarem novas medidas de restrição à circulação de pessoas para conter a Covid-19.

Por volta das 14h45, o preço do petróleo tipo Brent, usado como referência no mercado internacional, recuava 4,7%, para US$ 98,10 o barril.

Os novos casos de Covid-19 na China praticamente dobraram em relação a um mês atrás, e agora giram em torno de 10 mil por dia, segundo dados da universidade americana Johns Hopkins, que monitora a disseminação da doença no mundo todo.

O ritmo de contágio ainda é bem menor que o observado no início de março, quando os chineses chegaram a registrar pouco mais de 60 mil novos casos diários de Covid-19 e os governos de várias grandes cidades impediram os cidadãos de saírem de casa.

Mesmo assim, os investidores entraram em alerta após cidades como Shenzhen – a quarta mais populosa da China e uma das que mais geram receita com exportações no país – decidirem restringir a mobilidade em alguns distritos.

O receio é de que as restrições possam se prolongar e prejudicar ainda mais o crescimento econômico chinês neste ano – resultando, consequentemente, na redução da demanda por commodities como o petróleo.

A preocupação dos investidores com este cenário é tão grande que ofuscou o temor de queda na oferta de petróleo, elemento que norteou ontem um avanço de quase 4% no valor do barril.

Para o chefe de pesquisa de mercado da corretora britânica City Index, Matt Weller, mudanças no nível de produção da Opep (Organização de Países Exportadores de Petróleo) e de nações aliadas ao cartel ainda podem mexer com os preços do petróleo nos próximos dias.

“Os operadores de petróleo estão de olho na reunião da semana que vem da Opep+ após a Arábia Saudita avisar que o grupo pode reduzir a produção, especialmente conforme o petróleo do Irã começa a chegar ao mercado”, disse Weller.

“Com a maioria dos produtores operando no limite ou acima da capacidade, e com sinais cada vez maiores de que a economia global pode estar desacelerando, alguma redução da oferta é provável nos próximos meses”, acrescentou.

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