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Petróleo cai de novo e acumula perdas de quase 8% em uma semana por medo de recessão

Preços do petróleo sentem os efeitos de expectativa crescente de recessão econômica e desaceleração na demanda mundial pela commodity

Foto: Shutterstock

Os preços do petróleo voltaram a cair nesta quarta-feira (22), para perto de US$ 110 o barril, diante de preocupações com a possibilidade de a alta nos juros globais provocar recessão em grandes economias – o que consequentemente diminuiria a demanda pela commodity.

Por volta das 9h20, o preço do petróleo tipo Brent – quer serve como referência no mercado internacional – caía 3,7% no mercado futuro da ICE, para US$ 110,36 o barril. Na comparação com a quarta-feira passada, a queda é de 7,9%.

Segundo a corretora e consultoria de commodities Zaner, o nível restrito de oferta de petróleo ainda justifica preços altos para a commodity, “mas o petróleo acima de US$ 105 no que pode ser uma recessão global é muito caro”.

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Na semana passada, alguns dos principais bancos centrais do mundo indicaram maior propensão a aumentar os juros na tentativa de conter a inflação.

O movimento mais agressivo foi o do banco central dos Estados Unidos, que na última quarta-feira (15) acelerou pela segunda vez o ritmo de alta das taxas e levou instituições financeiras a estimarem uma chance maior de a economia mundial encolher. O cálculo mais recente, do Citigroup, é de que esta probabilidade está chegando perto de 50%.

“O petróleo está caindo porque os investidores estão pesando a probabilidade de desaceleração nos EUA motivada pela alta de juros”, disse o Danske Bank em relatório.

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Os juros altos encarecem financiamentos, o que tende a reprimir o consumo e a aumentar o custo de capital das empresas, diminuindo investimentos. Por isso, quanto maiores as taxas, maior a pressão negativa sobre a economia.

E como esse movimento de juros maiores é resultado direto do esforço dos bancos centrais para conter a inflação, o mercado tende a reagir negativamente a indicadores que reforcem o cenário de alta nos preços.

Hoje, dados mostraram que a inflação no Reino Unido atingiu 9,1% nos 12 meses até maio. A leitura é a maior em 40 anos e reviveu a preocupação dos investidores com uma recessão provocada por juros mais altos.

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