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Petróleo bate maior preço desde 2008 à espera de embargo a petróleo da Rússia

Conflito entre país e Ucrânia continua e leva países europeus e EUA a discutirem possibilidade de embargar petróleo russo

Os preços do petróleo dispararam neste domingo (6) e alcançaram níveis vistos pela última vez em meados de 2008. O avanço veio após o governo dos Estados Unidos indicar que estuda bloquear a venda de petróleo da Rússia para outros países.

Ontem, o preço do petróleo tipo Brent, que serve como referência no mercado internacional da commodity, alcançou US$ 138 por barril no mercado futuro da ICE.

O avanço ocorreu depois de o secretário de Estado americano, Antony Blinken, dizer em entrevista à CNN que os EUA estavam conversando com países da Europa “para avaliar, de forma coordenada, a perspectiva de banir a importação de petróleo russo, ao mesmo tempo garantindo que haja uma oferta apropriada de petróleo nos mercados mundiais”.

Desde então, diante da falta de novos anúncios a respeito de um potencial embargo ao petróleo russo, os preços da commodity devolveram parte da alta, mas ainda operam bem acima do valor de fechamento da última sexta-feira (5). Por volta das 9h30 (de Brasília), o barril do Brent era cotado a 6,2%, para US$ 125,43 por barril.

Gráfico mostrando que petróleo tipo Brent tocou US$ 138 por barril

Preço do petróleo alcançou US$ 138 por barril por volta das 17h deste domingo (6). Fonte: Intercontinental Exchange / Reprodução

Os preços do petróleo estão subindo há semanas como reflexo da guerra entre a Rússia e a Ucrânia. Os russos são grandes produtores e exportadores de petróleo, e desde que invadiram o país vizinho têm sofrido pesadas sanções econômicas da Europa, dos Estados Unidos e do Reino Unido.

As sanções adotadas até agora, na prática, impõem bloqueios significativos às transações financeiras da Rússia com o exterior. Elas não impedem a indústria petrolífera do país de vender a commodity, mas atrapalham consideravelmente as exportações – o que, na prática, significa que haverá gradativamente menos petróleo circulando no mercado mundial.

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A Rússia fornece cerca de 10% do petróleo consumido no mundo. No momento, o mercado de petróleo está com demanda superior à oferta, e uma redução no fornecimento pode agravar este quadro, resultando em aumentos ainda mais significativos nos preços.

Isso, em contrapartida, pode impedir a desaceleração da inflação – que está em níveis historicamente altos em vários países do mundo, inclusive no Brasil – e forçar os bancos centrais a aumentarem os juros com mais vigor. Em tese, isso seria negativo para a economia e para os preços das ações, dado que a renda fixa passaria a oferecer retornos maiores e menos voláteis do que a renda variável.

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