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Petroleiras em queda, Haddad pressiona BC e China – veja o que importa hoje

Índices futuros americanos e bolsas europeias operam em alta na manhã desta quarta-feira

Foto: Shutterstock/Alf Ribeiro

Após o Ibovespa fechar fevereiro com o pior desempenho desde junho de 2022, a Bolsa inicia março digerindo as medidas anunciadas ontem no final do pregão pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que anunciou uma reoneração parcial dos tributos federais sobre a gasolina e o etanol e a instituição de um imposto de exportação sobre óleo cru, que prejudica as petroleiras. 

Haddad informou que a volta da cobrança do PIS/Cofins, a partir de hoje, será de R$ 0,47 centavos para a gasolina e R$ 0,02 para o etanol, com o objetivo de estimular o consumo do biocombustível em detrimento de um combustível fóssil. Como uma reoneração nesse patamar não seria suficiente para garantir os R$ 28,9 bilhões em arrecadação previstos com a reoneração, haverá uma taxação de 9,2% sobre as vendas do petróleo sem refino a outros países por quatro meses.

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O ministro da Fazenda estimou que a medida, que garantirá R$ 6,6 bilhões a mais de receita durante esse período, terá um impacto de 1% no resultado da Petrobras (PETR3, PETR4). Ontem a estatal, segunda maior empresa da Bolsa, reduziu os preços dos combustíveis às distribuidoras, anúncio negociado com o governo com o objetivo de amortecer parte do impacto da reoneração sobre os preços. 

A companhia tombou quase 4% ontem, mas a PetroRio (PRIO3) sofreu ainda mais, com queda de 9,04% no valor das suas ações após o anúncio do novo imposto de importação. As más notícias para as petroleiras, que anunciam seus resultados do quarto trimestre nesta quarta após o fechamento, ajudaram no tombo de 0,74% do Ibovespa ontem.

BC sob pressão

No final do pregão desta terça, os juros futuros dispararam por outro motivo: apesar da reoneração e do novo imposto garantirem a receita de quase R$ 30 bilhões neste ano, o que é positivo para o cenário fiscal, Haddad declarou que a medida dá motivos ao Banco Central para reduzir a taxa básica de juros (Selic). 

Em um discurso que foi visto como mais alinhado ao do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ele declarou que a Fazenda está “fazendo a sua parte” e que espera a resposta nos juros.

“Lembro que essas medidas estão sendo tomadas, inclusive, porque, na ata do próprio Banco Central está dito que isso é condição para o início da redução das taxas de juros no Brasil. E as taxas de juros no Brasil estão produzindo muitos malefícios para a nossa economia. Todos nós sabemos e estamos acompanhando isso”, disse Haddad.

Bons dados da China

Lá fora, os índices futuros americanos e as bolsas europeias em alta na manhã desta quarta, após a China divulgar dados positivos da atividade econômica em fevereiro. O PMI (índice de gerente de compras) da indústria de manufatura da segunda maior economia do mundo encerrou o mês passado em 52,6, o melhor resultado desde 2012 e acima do projetado pelo mercado. 

Nos Estados Unidos, o mercado irá monitorar o PMI dos Estados Unidos em fevereiro para a indústria e o número de gastos com construção em janeiro. 

Por volta das 8h40, o futuro do Dow Jones avançava 0,25%%, o S&P 500 subia 0,36% e o Nasdaq ganhava 0,53%. No mesmo horário, o índice europeu EuroStoxx 50 era negociado em alta de 0,86%. 

 

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