Petrobras (PETR4): políticas para preços e dividendos devem mudar a partir de abril, diz Gleisi Hoffmann

Presidente do PT criticou as duas políticas em mensagens publicadas no Twitter

Foto: Shutterstock/Saulo Ferreira Angelo

A deputada federal e presidente do PT (Partido dos Trabalhadores), Gleisi Hoffman, disse que a partir de abril a Petrobras (PETR4) deve mudar as políticas de preços e de distribuição de dividendos. As ações da Petrobras, que operam em baixa praticamente desde o início do pregão, acentuaram as perdas após as declarações.

“Antes de falar em retomar tributos sobre combustíveis, é preciso definir uma nova política de preços para a Petrobras. Isso será possível a partir de abril”, disse ela em sua conta no Twitter.

“A tal PPI sempre foi inflacionária e só favorece a indecente distribuição de lucros e dividendos da Petrobras. Isso também tem de mudar”, acrescentou.

Atualmente, sob a política de PPI (preço de paridade de importação), a Petrobras fixa os preços dos combustíveis no Brasil levando em consideração o valor dos produtos no mercado internacional. Isso permite que importadores concorram com a companhia, que ainda possui uma fatia significativa do mercado de refino brasileiro.

Os críticos dessa política, no entanto, consideram que a empresa poderia vender estes produtos no Brasil a valores mais baixos e ainda assim obter lucro – o que, no entanto, dificultaria ou inviabilizaria a atuação de importadores.

A Petrobras alega que, sozinha, não tem capacidade para abastecer todo o mercado brasileiro com combustíveis, e que a participação dos importadores no mercado é importante para evitar desabastecimento.

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As alterações na política do PPI e na forma como a Petrobras distribui dividendos seriam possíveis a partir de abril, segundo Hoffmann, porque será a partir daquele mês que a Petrobras terá renovado inteiramente o conselho de administração.

As ações da Petrobras acentuaram as perdas após as declarações da presidente do PT. Por volta das 15h30, os papéis preferenciais da estatal recuavam 1,39%, a R$ 26,18, perto da mínima do dia, de R$ 26,10, atingida minutos depois da publicação de Hoffmann no Twitter.

Desoneração permanece?

Nas mensagens publicadas no Twitter, Hoffmann também indicou que o governo pode desistir de encerrar o benefício fiscal concedido aos combustíveis desde o final do ano passado.

“Impostos não são e nunca foram os responsáveis pela explosão de preços da gasolina”, disse ela na mensagem.

“Não somos contra taxar combustíveis, mas fazer isso agora é penalizar o consumidor, gerar mais inflação e descumprir compromisso de campanha”, afirmou.

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