A Petrobras, que na quinta-feira (28) divulgará os resultados do segundo trimestre, estuda a possibilidade de antecipar o pagamento aos acionistas de dividendos referentes a este ano, informa uma reportagem do jornal O Globo, publicada no fim da tarde desta segunda-feira (25).
De acordo com a publicação, a antecipação é um pedido do governo federal, principal acionista da estatal, e tem como objetivo ajudar a reforçar os cofres públicos. O jornal atribui as informações a fontes do alto escalão da companhia.
Ainda de acordo com o periódico, o assunto será discutido na quinta-feira pelo conselho de administração da empresa, mas parte do colegiado vê a possibilidade com ressalvas. A intenção seria antecipar para agora.
Uma das fontes citadas pelo O Globo ressaltou que, na discussão, será levada em conta a trajetória de redução do endividamento e a liquidez da companhia, com base na perspectiva de geração de caixa.
No ano passado, a empresa também antecipou o pagamento de dividendos.
No primeiro trimestre deste ano, a empresa registrou lucro líquido de R$ 43,3 bilhões. À época, o presidente Jair Bolsonaro chegou a dizer que o lucro da companhia era um “absurdo” e um “estupro”.
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Após a publicação da reportagem de O Globo, a Petrobras publicou um comunicado ao mercado, já depois do fechamento da Bolsa, no qual diz que “suas decisões sobre remuneração aos acionistas seguem as normas legais e estatutárias, assim como estão sempre alinhadas à sua política [de remuneração aos acionistas].”
Além disso, afirma que “ainda não há qualquer decisão tomada sobre novos pagamentos de dividendos em 2022.”
A companhia lembra que os resultados financeiros do segundo trimestre serão divulgados nas quinta, “ocasião em que o conselho de administração também poderá deliberar sobre eventuais pagamentos de dividendos, em conformidade com a periodicidade trimestral prevista na política.”
A empresa diz também que “todas as decisões serão tomadas alinhadas à política, sempre respeitando os princípios de perenidade e sustentabilidade financeira de curto, médio e longo prazos.”