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Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3) impulsionam e Ibovespa retoma os 100 mil pontos

Por volta de 13h30, o principal índice da B3 subia 2,08%, aos 100.710 pontos

Foto: Shutterstockx

O Ibovespa inicia a semana em forte alta na tentativa de retomar o patamar de 100 mil pontos. Papéis ligados à mineração, siderurgia e ao petróleo sobem com intensidade e ajudavam o principal índice da B3, com destaque para as subidas de Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4).

Às 13h30, enquanto a mineradora subia 4,45% e a petrolífera ganhava 5,82%, o Ibovespa subia 2,08%, aos 100.710 pontos. A Petrobras, inclusive, figurava entre as maiores altas do índice, com seus papéis ordinários em alta de 5,98%.

Para Leonardo Piovesan, analista da Quantzed, a petrolífera sobe pela alta do preço do petróleo no mercado internacional e pela recomendação do mercado para comprar as ações da empresa. Na ICE, os contratos futuros para a commodity subiam 0,83% e eram negociados a US$ 114 o barril.

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O Itaú BBA divulgou um relatório nesta segunda-feira (27) no qual retoma a cobertura da petrolífera recomendando a compra dos papéis. A instituição financeira vislumbra um preço-alvo de R$ 43, apostando em uma valorização de 54,40% em relação aos atuais R$ 27,85.

Na sequência, 3R Petroleum (RRRP3) subia 6,17%, PetroRio (PRIO3) valorizava 4,55% e Bradespar (BRAP4) apontava em 4,69% para cima. Essas empresas também acompanham a alta do barril do petróleo tipo Brent no mercado internacional.

Além da Vale, as mineradoras e siderúrgicas também subiam em bloco, com destaque para CSN (CSNA3) que operava em alta de 5%, Usiminas (USMI5), que subia 4,46% e CSN Mineração (CMIN3), que tinha valorização de 3,62%. Para Piovesan, essas empresas são beneficiadas pela alta do minério no mercado internacional.

O minério de ferro negociado na bolsa de Dalian, na China, teve alta de 3,96%, negociada a 775,00 iuanes, o equivalente a US$ 115,87. Na visão do analista da Quantzed, essa alta é uma resposta as boas notícias vindas do país asiático, que apontam para um fim defintivo dos lockdowns e uma “recuperação no mercado local”.

Outra empresa que figurava entre as maiores altas do dia era a Eneva (ENEV3), com uma valorização de 5,50%. A empresa divulgou na madrugada do sábado (25) que levantou R$ 4,2 bilhões na oferta restrita de ações realizada na semana passada. Ao todo, a empresa vendeu 300 milhões de papéis, saindo a R$ 14 cada ação.

Com o novo dinheiro em caixa, a empresa pretende utilizar os recursos obtidos para financiar as aquisições do capital social da Celsepar (Centrais Elétricas do Sergipe Participações) e da Cebarra (Centrais Elétricas Barra dos Coqueiros), anunciadas recentemente.

A Eneva está com uma fome de aquisições em 2022. Além da Celsepar e da Cebarra, anunciou a aquisição da Termofortaleza.

Quedas do dia e risco fiscal no radar

Quem figurava na ponta negativa do Ibovespa eram as empresas ligadas ao turismo. Azul (AZUL4) perdia 4,20%, CVC (CVCB3) recuava 3,88% e Gol (GOLL4) caía 3,43%.

No último pregão da semana passada, tanto Azul quanto Gol figuraram entre as maiores altas da B3, após a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) mudar as regras de slots para o aeroporto de Congonhas, em São Paulo, beneficiando a empresa aérea de David Neelman, que atualmente é que menos tem participação em dos aeroportos mais movimentados do país.

No início desta semana, o fator negativo e de atenção para os investidores é o risco fiscal. Está prevista pelo Senado a votação da Emenda Constitucional permitindo de R$ 35 bilhões a R$ 50 bilhões em novos gastos acima do teto constitucional.

Os recursos serviriam para aumentar o programa Auxílio Brasil, de transferência de renda, que passaria de R$ 400 para R$ 600, além de criar um auxílio para caminhoneiros comprarem diesel.

Outras empresas que caíam com mais intensidade eram Méliuz (CASH3), Embraer (EMBR3), Locaweb (LWSA3) e Natura (NTCO3), que perdiam 3,97%, 2,16%, 1,79% e 1,68%, respectivamente.

Mercados internacionais

Lá fora, os principais índices acionários do mundo também subiam. Nos EUA, as bolsas estendiam os ganhos fortes da semana passada. O Dow Jones ganhava 0,15%, o S&P 500 subia 0,16% e o Nasdaq, o único na contramão, caía 0,15%.

Na Europa, o movimento também era positivo: o índice Euro Stoxx 50, que reúne empresas de toda Zona do Euro, ganhava 0,54%, o DAX, da Alemanha, subia 0,63% e o FTSE 100, do Reino Unido valorizava 0,85%.

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