Logo-Agência-TradeMap
Logo-Agência-TradeMap

Categorias:

Petrobras (PETR4) deve ser o destaque do setor no 2º trimestre, prevê Itaú BBA – veja projeções

Alta nos preços do petróleo e maior volume de venda devem beneficiar alguns nomes do setor

Foto: Shutterstock

Na próxima quinta-feira (28), a Petrobras (PETR4) deve dar início à divulgação de balanços do segundo trimestre para as empresas de petróleo e gás – e seus números devem ser o destaque desta temporada, de acordo com o Itaú BBA.

Segundo os analistas Monique Greco e Eric de Mello, em relatório distribuído nesta terça-feira (26), a petroleira estatal deve apresentar outro trimestre de forte geração de caixa e dividendos sólidos.

Outro destaque do trimestre, na visão do banco, deve ser a Prio (PRIO3), antiga PetroRio, que deve se beneficiar mais do que seus pares dos preços elevados do petróleo no período.

O destaque negativo, por outro lado, deve ser a OceanPact (OPCT3), impactada por uma menor utilização de sua frota. “Não descartamos a possibilidade de uma revisão baixista em seu guidance para 2022”, acrescentam os analistas.

Saiba o que esperar para as principais empresas do setor, segundo o Itaú BBA.

Petrobras

Os números da Petrobras devem subir na comparação com o primeiro trimestre deste ano, tanto no segmento de exploração e produção de petróleo e gás natural quanto nas atividades de refino.

Apesar de, segundo sua prévia operacional, a estatal ter registrado baixa de 5% na produção de petróleo em relação ao trimestre anterior, para 2,144 mil barris de petróleo por dia (mbpd), a alta de 10% nos preços do petróleo no período devem garantir resultados melhores.

No segmento de downstream, que compreende as atividades de transporte, comercialização e refino de petróleo, os resultados devem ser favorecidos pelas altas cumulativas nos preços de diesel e gasolina. Outro ponto positivo, nessa unidade de negócios, é a taxa de utilização das refinarias, que subiu 2 pontos percentuais no período.

Com isso, a expectativa do BBA é que o Ebitda da Petrobras cresça 17%, para R$ 94 bilhões. O lucro líquido, por sua vez, deve ser negativamente afetado pelo impacto da valorização do real sobre a dívida, e fechar o período em R$ 39,744 bilhões, 11,7% abaixo do primeiro trimestre. Para a receita, a projeção é de alta de 10,9%, para R$ 157,107 bilhões.

Em termos de dividendos, a projeção do banco é de R$ 3,2 a R$ 4,2 por ação, o que significaria um dividend yield entre 11% e 15%, devido à forte geração de caixa e aos desinvestimentos.

Leia mais:
Petrobras (PETR4) estuda antecipar distribuição de dividendos a pedido do governo, diz jornal

Prio

Outro destaque positivo na análise do BBA, a Prio também registrou queda trimestral de 5% na produção, para 33,3 mil barris de óleo equivalente por dia (mboed), devido ao lançamento da primeira sonda da campanha de revitalização do Campo de Frade, que causou a parada temporária de três outras sondas.

No entanto, apesar da queda na produção, as vendas da companhia tiveram alta de 17% na comparação com o primeiro trimestre, para 36,4 mboed, o que, junto com a elevação de preços do petróleo, deve impulsionar a receita da companhia para US$ 376 milhões, alta trimestral de 21,5%.

A projeção do BBA é que a Prio registre Ebitda de US$ 266 milhões, 17,9% acima do primeiro trimestre, e que seu lucro também seja impactado pela variação cambial do período, fechando em US$ 75 milhões, recuo trimestral de 67,4%.

3R Petroleum

Diferentemente de seus pares, a produção da 3R Petroleum (RRRP3) cresceu 34% no segundo trimestre, para 12,2 mboed, devido principalmente à incorporação da produção do Polo Recôncavo.

Essa maior produção, junto com a alta nos preços do petróleo, deve beneficiar a receita da companhia, e levar o Ebitda para R$ 238 milhões – 20% acima do registrado no primeiro trimestre. Para a receita, a projeção é de R$ 419 milhões, alta de 11,5%.

⇨ Quer conferir quais são as recomendações de analistas para as empresas da Bolsa? Inscreva-se no TradeMap!

O lucro, por sua vez, deve ficar em R$ 25 milhões, contra prejuízo de R$ 335 milhões no trimestre anterior, impactado positivamente pela variação cambial, mas negativamente por efeitos de hedge.

PetroReconcavo

Assim como a 3R, a PetroReconcavo (RECV3) também elevou sua produção no segundo trimestre, em 5%, para 20,5 mboed.

A alta na produção, junto com os preços mais elevados, deve impulsionar a receita da companhia para R$ 728 milhões no segundo trimestre, alta de 4% em relação aos três meses anteriores.

A expansão do faturamento deve ser limitada pela política de hedge adotada pela Petroreconcavo no período, com cerca de 25% da produção sendo vendida por US$ 57 por barril (contra a média de US$ 112 da commodity no período).

Assim, o Ebitda deve ficar estável, em R$ 425 milhões, e o lucro líquido deverá ser de R$ 253 milhões, baixa de 37,2% na comparação trimestral, afetado também pela variação cambial.

OceanPact

Patinho feio desta temporada, a empresa que atua no transporte de petróleo OceanPact deve ter seus resultados impactados por atrasos no início de operação de navios, com despesas operacionais afetando negativamente o Ebitda, e ainda não tendo efeito positivo sobre as receitas.

Assim, a estimativa do BBA é que a companhia registra Ebitda de R$ 37 milhões no segundo trimestre, queda de 31% na comparação com os três meses anteriores. Para a receita, a projeção é de R$ 267 milhões, baixa de 8,8%, enquanto o prejuízo deve subir de R$ 9 milhões no primeiro trimestre para R$ 66 milhões.

Os analistas mencionam ainda a possibilidade de a OceanPact revisar para baixo seu guidance de Ebitda para o ano, devido ao atraso no início de operação dos navios e a um real mais forte do que o esperado.

Compartilhe:

Leia também:

Mais lidas da semana

Uma newsletter quinzenal e gratuita que te atualiza em 5 minutos sobre as principais notícias do mercado financeiro.