A Petrobras (PETR4) desistiu de vender metade da participação que possui no chamado Polo Marlim. O processo de venda vinha se arrastando desde o final de 2020 e foi encerrado na fase de coleta de ofertas pela área.
O Polo Marlim engloba os campos de Marlim, Voador, Marlim Leste e Marlim Sul. Todos eles estão em águas profundas na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro.
Quando colocou uma fatia de 50% nos ativos à venda, a Petrobras disse aos potenciais investidores que o complexo de Marlim era o terceiro maior do Brasil em termos de produção, “com um fluxo promissor de atividades futuras, incluindo a revitalização dos campos no curto prazo”.
Esta revitalização, disse a Petrobras na época, poderia incrementar a produção em cerca de 60%, passando-a de 120 milhões para pouco mais de 190 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed).
Em nota, a Petrobras justificou a decisão de desistir da venda do Polo Marlim citando melhora nos indicadores do complexo.
“Considerando o alinhamento das concessões à estratégia da companhia e a melhora de seus indicadores econômico-financeiros, o Polo Marlim foi mantido integralmente na carteira, tendo já sido incorporada sua produção no horizonte do Plano Estratégico 2022-26”, disse a Petrobras.
A empresa vem adotando uma estratégia de desinvestimentos e adequação de portfólio há anos. Só em 2021, a estatal se desfez de 17 ativos e concluiu outros 14 processos de desinvestimento. Isso trouxe US$ 4,8 bilhões (R$ 27,32 bilhões) ao seu caixa.
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Por volta das 11h00 (de Brasília) as ações da Petrobras eram negociadas a R$ 11,06, queda de 1,25%. Sete entre 10 especialistas consultados pela Refinitv recomendam a compra das ações, segundo informações disponíveis na plataforma TradeMap.