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Petrobras (PETR4): Brent em alta e maior volume de vendas impulsionam resultados do 3º trimestre

No período, o lucro líquido da estatal alcançou R$ 46,096 bilhões, uma alta de 48% ante o mesmo período do ano anterior

Foto: Shutterstock

O valor médio do petróleo tipo Brent de US$ 100 no mercado internacional mais uma vez jogou os resultados da Petrobras (PETR4; PETR3) lá para cima, além do maior volume de vendas de derivados, conforme amplamente previsto pelo mercado.

No período, o lucro líquido da estatal alcançou R$ 46,096 bilhões, uma alta de 48% ante o mesmo período do ano anterior, enquanto o lucro operacional, refletido no Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado, subiu 50,5%, para R$ 91,421 bilhões na mesma base de comparação.

Apesar das reduções nos preços dos combustíveis e paradas para manutenção em grandes refinarias durante o trimestre, a Petrobras se beneficiou do maior volume de vendas, impactando positivamente a receita da companhia.

No trimestre, a receita líquida atingiu R$ 170,076 bilhões, valor 40% maior ante igual intervalo de 2021.

Em termos de vendas, o diesel e a gasolina continuam sendo os principais produtos da estatal, respondendo, juntos, por 74% da receita total de derivados. A venda de diesel somou R$ 61,343 bilhões no trimestre, uma alta de 71,7% ante o mesmo intervalo de 2021. A gasolina, por sua vez, que está há quase 60 dias sem reajuste, atingiu R$ 21,575 bilhões, valor 22% maior na mesma base de comparação.

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O que chama a atenção é que as vendas em alta e Brent ao redor de US$ 110 no terceiro trimestre ajudaram a estatal a superar a projeção da maioria dos analistas consultados pela Agência TradeMap.

O BTG Pactual, a XP Investimentos, o Santander e o Itaú BBA previam, respectivamente, lucro líquido de R$ 53,56 bilhões, R$ 42,66 bilhões, R$ 41,37 bilhões e R$ 41,84 bilhões no terceiro trimestre.

O lucro operacional, por sua vez, medido pelo Ebitda, superou o número de praticamente todos bancos e corretoras consultados, com exceção do BTG, que previa R$ 102,4 bilhões.

Tabela de projeções da Petrobras

Os fortes resultados da estatal mostram que os derivados de petróleo, como gasolina, diesel, querosene de aviação, atestam que colocando a rentabilidade em primeiro lugar a empresa é uma excelente pagadora de dividendos.

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No trimestre, o preço dos derivados básicos no mercado interno fechou em R$ 692,97 o barril, uma alta de 64,2% na comparação anual.

No relatório de resultados, divulgado na noite desta quinta-feira (3), o diretor Financeiro e de Relações com Investidores, Rodrigo Araujo, ressaltou a importância de a Petrobras não estar sozinha no mercado de combustíveis.

“Temos hoje no Brasil uma dinâmica que congrega capacidade privada de refino com a atuação de importadores que são necessários para atender a demanda de derivados, que supera a capacidade brasileira de produção. Sem preços de mercado corre-se o risco de escassez de produtos, com óbvias consequências negativas para a sociedade como um todo”, salienta o executivo.

Tabela de projeções da Refinitiv

Tem mais boas notícias

Além dos números expressivos no terceiro trimestre, a boa notícia diz respeito ao pré-sal, que deve representar quase 90% da produção total da petrolífera em 2026.

A Petrobras disse que assinou três novos contratos de FPSOs (unidades flutuantes de produção, armazenagem e transferência de petróleo e gás) para o Campo de Búzios durante o trimestre. Atualmente, o ativo é o maior em termos de produção e deve representar cerca de um terço do total em 2026.

Com isso, segundo a estatal, resta apenas a contratação de uma das 15 plataformas previstas no plano estratégico 2022-2026.

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