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Petrobras (PETR4): aumenta o receio de bancos com o futuro da companhia

Itaú e BTG Pactual consideram que taxação das exportações de petróleo e corte no preço de combustíveis podem prejudicar empresa

Foto: Shutterstock/Saulo Ferreira Angelo

As decisões tomadas pelo governo federal, entre elas o anúncio de taxação das exportações de petróleo, são um mau presságio em relação ao preço futuro das ações da Petrobras (PETR4), segundo o Itaú BBA.

Em relatório, o banco disse que a decisão do Planalto de onerar as empresas do setor de petróleo e, ao mesmo tempo, baixar os preços dos combustíveis vendidos pela Petrobras aumentou a preocupação com a companhia. 

“Itens como a chance de mudanças estruturais negativas, por exemplo do regime de tributação, ainda não estão refletidas nas nossas estimativas sobre o valor justo da companhia”, disse o Itaú em relatório.

O banco atribui recomendação neutra às ações da Petrobras, mas não revela qual seu preço-alvo para os papéis.

BTG mostra receio com Petrobras

E não é só o Itaú que está com o pé atrás em relação à Petrobras.

O BTG Pactual comentou que, antes de a companhia anunciar a redução no preço dos combustíveis, na terça-feira (27), havia rumores de que o governo criaria um fundo de estabilização para o preço desses produtos, financiado a partir dos dividendos da Petrobras.

A estratégia, segundo o banco, seria positiva para os preços da ação, porque favoreceria uma maior parcela de lucro distribuída aos acionistas.

A opção pelo corte no preço dos combustíveis, no entanto, sugere que a Petrobras pode ter dificuldades para manter os preços dentro ou acima do nível considerado justo pela atual política de paridade com o mercado externo.

“Se o imposto para exportação durar por apenas quatro meses, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da Petrobras deve encolher apenas 1%. Se for prolongado, o Ebitda anual pode cair 3%”, acrescentou.

O BTG Pactual atribui recomendação neutra para os ADRs da Petrobras – os recibos de ações da empresa negociados nos Estados Unidos.

O Goldman Sachs também tem recomendação neutra para a empresa.

A perspectiva é que o preço relativamente baixo da ação abrirá espaço para um retorno financeiro de aproximadamente 30% somente com dividendos em 2023. No entanto, há uma “incerteza crescente” em relação às políticas que serão adotadas pela companhia nos próximos anos.

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