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Petrobras (PETR4) ajuda e Ibovespa sobe mais de 1%; mercado de olho na tensão entre EUA e China

Ibovespa flerta com os 103 mil pontos com subida de Petrobras. Na ponta positiva, Locaweb lidera as altas do pregão

Foto: Shutterstock

O movimento do principal índice da B3 tem sido volátil desde o início das negociações. No radar, a tensão diplomática envolvendo Estados Unidos e China pressiona as bolsas pelo mundo, enquanto internamente o Ibovespa ensaia um movimento contrário ancorado pela alta de Petrobras (PETR4), que lidera o volume de negociações no dia.

Por volta de 13h20, o Ibovespa subia 1% e operava aos 103.261 pontos. Na ponta positiva, Locaweb (LWSA3) ganhava 10,69%, diante da expectativa com o segundo trimestre da companhia, Natura (NTCO3) avançava 4,30% e SLC Agrícola (SLCE3) valorizava 3,15%.

Contudo, a alta do índice era ancorada pela subida de 0,77% dos papéis da Petrobras. Além de seu peso nas negociações, de quase 10%, a empresa é a líder em volume negociado nesta terça, com cerca de R$ 1,33 bilhão sendo transacionado, de acordo com dados da plataforma do TradeMap.

Para Armstrong Hashimoto, sócio e operador da mesa de renda variável da Venice Investimentos, a valorização do barril do Brent, que retomou o patamar de US$ 100 nesta tarde, ajuda na performance positiva da Petrobras. Além disso, nesta quarta-feira (3), ocorrerá a reunião da Opep+ (Organização Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados).

“O encontro pode sinalizar alguma alteração em relação à aumento da oferta de barris de petróleo, o que deixa o mercado atento. Se vier uma sinalização de oferta menor, pode puxar o preço do Brent para cima. Além disso, a questão diplomática em Taiwan também pode ‘estressar’ o preço de algumas commodities”, avalia Hashimoto.

Crise diplomática pressiona mercados

O mercado acompanha o imbróglio geopolítico entre China e Estados Unidos, as duas maiores economias do mundo, em torno da visita da presidente da Câmara americana, Nancy Pelosi, a Taiwan. 

Apesar de a ilha ter governo próprio e democrático, Pequim a considera como parte de seu território e, através de pressões comerciais e diplomáticas, evita que outros países reconheçam a área como nação independente. 

A visita da parlamentar, que faz um tour pela Ásia e é crítica do governo chinês, deve ser a primeira de uma integrante do alto escalão do governo americano a Taiwan em décadas.

Essa iniciativa, inclusive, foi objeto de uma conversa entre os presidentes da China, Xi Jimping, e dos EUA, Joe Biden – o primeiro advertiu o segundo que permitir a visita é “brincar com fogo”. Já os EUA argumentam que Pelosi tem direito a visitar Taiwan.

Como a China avisou que podem ocorrer retaliações, o sócio e operador da mesa de renda variável da Venice Investimentos ressalta que o mercado está de olho nos desdobramentos que podem ocorrer. 

Essa tensão dos mercados com o conflito pressiona as bolsas no exterior e ajudou a precificar o Ibovespa de forma negativa no início do pregão. Em Wall Street, o Dow Jones caía 0,63%, o S&P 500 perdia 0,24% e o Nasdaq operava com estabilidade.

Nos EUA, a temporada de resultados do segundo trimestre seguirá com as divulgações de Paypal, AMD, Starbucks, Airbnb, Electronic Arts e Caterpillar. Enquanto isso, na Europa, já perto do fechamento, o movimento também era negativo, com o Euro Stoxx 50 perdendo 0,30%, o DAX 30 caindo 0,27% e o FTSE 100 caía 0,05%.

Outros destaques do Ibovespa

Ainda no lado positivo do índice, Qualicorp (QUAL3) ganhava 4%, Banco Pan (BPAN4) valorizava 2,45%, Hapvida (HAPV3) tinha alta de 3,43% e IRB Brasil (IRBR3) subia 4,69%.

Na ponta negativa, as empresas varejistas eram quem recuavam com mais intensidade. Via (VIIA3) caía 1,64%, Pão de Açúcar (PCAR3) perdia 1,83%, Alpargatas (ALPA4) recuava 2,22%, Assaí (ASAI3) desvalorizava 1,15% e Americanas (AMER3) apontava em 1,10% para baixo.

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