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PEC dos Combustíveis, IGP-M de junho e fala de Powell – veja o que importa hoje

Investidores ainda acompanham a divulgação da leitura final do PIB dos EUA no primeiro trimestre

Foto: Shutterstock

Após dois adiamentos, a expectativa é que o senador Fernando Bezerra (MDB-PE) finalmente apresente nesta quarta-feira (29) o texto da PEC dos Combustíveis, que eleva o valor do Auxílio Brasil, institui um auxílio mensal a caminhoneiros e eleva o valor do vale-gás.

O motivo das postergações é visto com preocupação pelo mercado: o governo e o Congresso querem incluir cada vez mais benefícios na proposta, que altera a Constituição para permitir aumento de gastos em um ano eleitoral.

Agora, a ala política do governo defende, além do aumento do Auxílio Brasil de R$ 400 para R$ 600, zerar a fila do programa, estimada em 2,8 milhões de pessoas.

Além disso, o presidente Jair Bolsonaro prometeu dar duas cotas do benefício a mulheres chefes de família. Tudo isso, de acordo com técnicos ouvidos pelo Estadão, elevaria o custo até o final de 2022 de R$ 30 bilhões para R$ 40 bilhões.

Há algumas dificuldades no meio do caminho da proposta, que representa um risco fiscal que vem elevando os juros futuros e afetando a Bolsa. Como o ano é de eleições, seria necessário instituir um estado de emergência que permitisse a ampliação de despesas.

Saiba mais:
PEC para zerar imposto de combustíveis eleva risco fiscal e estressa dólar e juros; entenda cenário

Mas técnicos vem evitando assinar pareceres, estudos e documentos relacionados ao tema com medo das consequências da lei eleitoral.

Por que isso importa? 

O mercado teme um cenário de descontrole fiscal, com as despesas ficando acima do teto de gastos, mecanismo que limita o aumento das despesas públicas à inflação do ano anterior.

Quando o risco de descontrole das contas públicas de um país se eleva, investidores passam a pedir taxas de juros maiores lá na frente para comprar seus títulos públicos – ou, de forma mais simples, para emprestar dinheiro ao governo.

IGP-M de junho

Logo mais, às 8h, a FGV (Fundação Getúlio Vargas) informa o IGP-M (Índice de Preços Geral ao Mercado) de junho. A expectativa do mercado é de aceleração para 0,70% no indicador, que em maio subiu 0,52%.

O dado é divulgado em meio a pressão sobre os juros futuros exercida pelo risco fiscal representado pela PEC dos Combustíveis.

Por que isso importa? 

O Banco Central define os juros brasileiros com o objetivo de trazer a inflação para a meta. Uma alta de preços maior do que o esperado pelos investidores tende a pressionar as taxas futuras, que por sua vez influenciam a Bolsa.

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Com alta nos planos de saúde, inflação prévia de junho acelera para 0,69%

Fala de Powell e PIB dos EUA

Os investidores acompanham ainda a leitura final do PIB (Produto Interno Bruto) dos Estados Unidos no primeiro trimestre. Os números prévios apontaram uma queda de 1,5% entre janeiro e março, e a expectativa do mercado é que o dado definitivo, que será apresentado hoje às 9h30, confirme esse desempenho ruim.

Por lá, a preocupação é que o Federal Reserve, que intensificou o ritmo de alta nos juros americanos para combater a inflação, seja obrigado a contratar uma recessão para conter o aumento de preços no país.

O presidente do Fed, Jerome Powell, deve falar no fórum do Banco Central Europeu, que acontece em Portugal, e a expectativa é de novas sinalizações ao mercado.

Os índices futuros americanos operam no vermelho nesta manhã. Por volta das 7h45, o Dow Jones caía 0,06%, o S&P 500 recuava 0,19% e o Nasdaq estava em queda de 0,27%.

No mesmo horário, o Euro Stoxx 50 perdia 1,39%.

 

 

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