PEC da Transição aprovada, promessa de âncora fiscal e PIB dos EUA no 3º tri – veja o que importa hoje

Aprovação da PEC da Transição remove uma das dúvidas que traziam nervosismo ao mercado

Foto: Shutterstock/whiteMocca

O mercado financeiro amanhece nesta quinta-feira (22) com a notícia de que o Congresso promulgou a chamada PEC da Transição, que permitirá ao próximo governo retirar R$ 145 bilhões em despesas do limite previsto no teto de gastos.

Os recursos serão usados para garantir o pagamento do Bolsa Família de R$ 600 por mês em 2023, bem como para bancar outros programas sociais, como o Farmácia Popular.

No texto final, a isenção à regra do teto de gastos valerá apenas para o ano que vem. Originalmente, o governo eleito havia solicitado que ela durasse por um período indeterminado.

Além desta redução do prazo, ficou acertado que os parlamentares receberão R$ 9,7 bilhões em recursos do orçamento secreto, a metade do que estava previsto para 2023. As emendas de relator foram consideradas inconstitucionais pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

Mesmo com a diminuição no prazo, o futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comemorou o resultado e disse que começará a elaborar a proposta de um novo regime de controle dos gastos públicos para ser apresentada na primeira metade de 2023.

Por que isso importa?

Com a promulgação da PEC, ficará mais claro para os investidores o patamar de gastos fora do teto que serão permitidos nos próximos anos. Quando o risco de descontrole das contas públicas de um país se eleva, investidores passam a pedir taxas de juros maiores lá na frente para comprar seus títulos públicos – ou, de forma mais simples, para emprestar dinheiro ao governo. Isso tende a reduzir o valor das ações de empresas negociadas em Bolsa e a desvalorizar o real.

PIB dos EUA no 3º tri

Lá fora, os investidores aguardam a terceira leitura do PIB (Produto Interno Bruto) dos Estados Unidos no terceiro trimestre. O indicador trimestral é divulgado uma vez e depois passa por duas revisões, com ajustes feitos a partir de dados mais completos que vão sendo disponibilizados.

Nesta quinta (22), será informado o dado final. A última revisão mostrou que a atividade americana cresceu a uma taxa anual de 2,9% entre julho e setembro, acima dos 2,6% da primeira estimativa.

Leia mais:
Americano tem pior perda com investimentos em 100 anos e isso pode afetar consumo e PIB dos EUA

O dado será acompanhado com atenção pelos investidores, que monitoram as pressões inflacionárias e a reação do Federal Reserve (banco central americano) através do aumento nos juros básicos. O receio do mercado é que o Fed seja forçado a subir demais a taxa para conter a alta de preços, levando o país a uma recessão.

Os investidores também acompanham a divulgação, às 10h30, do número atualizado de pedidos de auxílio desemprego nos EUA. Amanhã, sai o PCE (índice de preços para despesas de consumo pessoal) americano de novembro, indicador mais acompanhado pelo BC dos EUA para tomada de decisões de política monetária.

Compartilhe:

Mais sobre:

Leia também:

Destaques econômicos – 02 de abril

Nesta quarta (02), o calendário econômico apresenta importantes atualizações que podem influenciar os mercados. Confira os principais eventos e suas possíveis repercussões:   04:00 –

Mais lidas da semana

Uma newsletter quinzenal e gratuita que te atualiza em 5 minutos sobre as principais notícias do mercado financeiro.