A perspectiva de redução no preço do petróleo no mercado internacional deverá ser insuficiente para preocupar os investidores da Petrobras que contam com o pagamento de dividendos da companhia, avalia o BTG Pactual, em relatório publicado na terça-feira (5) e assinado pelo analistas Pedro Soares, Thiago Duarte e Bruno Lima.
Em cálculo que considera a hipótese de o preço do barril do petróleo tipo Brent, usado como referência no mercado internacional, cair para algo em torno de US$ 90, o banco estima que os investidores se beneficiariam de um dividend yield de 20% em 2023.
O dividend yield é um indicador usado para demonstrar a relação do montante monetário de proventos pagos por ação por uma empresa e a cotação das ações desta mesma companhia.
Essa reflexão entrou no radar do BTG por conta da queda recente no preço do barril do Brent, que caiu 5% com as preocupações de uma recessão nos Estados Unidos. Nesta quarta, no mercado futuro da ICE, cada barril era negociado a US$ 101, com uma queda de 0,80% na comparação intradia.
Além disso, comparando com um cenário hipotético do Brent a US$ 150, o preço de US$ 90 seria melhor para a empresa pois “reduziria as chances de ser usada como ferramenta política”, avalia o BTG. Na Bolsa, os papéis da petrolífera recuavam 1,32% perto das 11h15, sendo negociados a R$ 27,60.