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Orizon (ORVR3) paga R$ 66 mi para desembarcar no Centro-Oeste e mira receita de R$ 40 mi

Empresa comprou dois negócios localizados em Cuiabá, no Mato Grosso

Foto: Orizon/Divulgação

A Orizon, uma empresa de gestão de lixo que abriu capital em fevereiro do ano passado, anunciou na manhã desta quinta-feira (10) a aquisição de dois ativos que representa a sua entrada no mercado da região Centro-Oeste e que pode gerar uma receita ao ano de pelo menos R$ 40 milhões.

Pelo valor de R$ 66 milhões, líquido de dívidas, a companhia comprou dois negócios localizados em Cuiabá, no Mato Grosso: o Centro de Gerenciamento de Resíduos e a CGR Ambiental Tratamento de Resíduos, segundo fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

A Orizon terá 51% de participação nos ativos e será a controladora. Os outros 49% ficarão com a Empresa de Engenharia Sanitária e Construções (Empesa), de Pernambuco, que também participou da compra, em acordo com a Orizon.

Trata-se de um esforço da companhia para explorar regiões onde o tratamento de lixo ainda é feito, predominantemente, de forma inadequada, com o depósito de resíduos nos chamados lixões, locais a céu aberto onde os lixos são jogados sem nenhum tipo de cuidado sanitário.

“Cuiabá é uma das últimas capitais do país na qual os resíduos de cerca de seus 630.000 habitantes ainda são destinados inadequadamente”, diz a empresa. “Adicionalmente, outras 400.000 pessoas de 14 cidades da região metropolitana de Cuiabá também têm seus resíduos destinados em locais inapropriados”.

Os negócios adquiridos pela Orizon operam em aterro sanitário, estão no mercado há mais de 10 anos e atendem clientes do setor privado, que incluem empresas de serviços de saúde.

Segundo a companhia, trata-se do “único projeto licenciado, em operação, na região metropolitana de Cuiabá, com capacidade para atender seus clientes por meio da destinação ambientalmente adequada de resíduos e cumprimento da legislação em vigor.”

A companhia, além disso, acredita que vai se beneficiar de decisões tomadas pelas autoridades locais que vão abrir espaço para um tratamento ambientalmente mais responsável.

“Os dois principais municípios da região acima (Cuiabá e Várzea Grande) já anunciaram o fechamento dos locais de destinos irregulares perante autoridades ambientais para, no curto prazo, passarem a destinar corretamente seus resíduos”, diz a Orizon.

A empresa estima que os negócios adquiridos podem ter uma receita bruta superior a R$ 40 milhões e uma geração de caixa operacional (Ebitda) de mais de R$ 25 milhões nos 12 primeiros meses.

Nos nove primeiros meses de 2021, a Orizon teve uma receita operacional bruta de R$ 324,3 milhões e um Ebitda ajustado de R$ 100,7 milhões.

Fundada em 1999, a Orizon abriu capital há um ano. Na ocasião, captou R$ 486,8 milhões.

Leia mais: Orizon vence processo competitivo e adquire 100% da UPI Aterros por R$ 840 milhões

Por volta das 12h, as ações da companhia caíam 0,17%, a R$ 29,10.

Segundo dados do Refinitiv e disponíveis na plataforma do TradeMap, a Orizon tem a cobertura de três analistas e todos recomendam a compra do papel. A mediana das estimativas aponta para um preço-alvo de R$ 30, com máxima de R$ 38.

 

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