A Oi (OIBR3), operadora de telecomunicações, teve um prejuízo líquido de R$ 321 milhões no segundo trimestre de 2022, de acordo com balanço divulgado na noite de quinta-feira (11). O montante reverte parte do lucro de R$ 1,13 bilhão registrado em igual período de 2021.
A empresa, que está em recuperação judicial, atribuiu a perda aos R$ 4,7 bilhões em impostos que precisou pagar no período – boa parte deles incidente sobre os ganhos com as vendas da V.tal e da operação de telefonia móvel – e às despesas financeiras do período – que somaram R$ 3,13 bilhões.
O prejuízo da Oi veio levemente acima do esperado pelo Santander, de R$ 310 milhões.
Na avaliação da Genial Investimentos, em relatório publicado na manhã desta sexta-feira, a desvalorização cambial “impactou de modo significativo o resultado financeiro, gerando mais um prejuízo à companhia”.
Apesar disso, a dívida líquida da companhia recuou na comparação anual. A Oi encerrou o período devendo R$ 16,12 bilhões, um recuo de 51,31% em relação aos meses de abril a junho de 2021. Na comparação direta com o primeiro trimestre deste ano, a Oi viu sua dívida líquida recuar 37,25%.
Parte dessa dívida recuou pela venda dos ativos da Oi Móvel e da InfraCo. “Dessa forma, houve uma importante entrada de caixa utilizada para sanar parte das dívidas da companhia”, avaliou a Genial.
A receita líquida da Oi totalizou R$ 2,7 bilhões, uma redução de 36,8% em relação ao mesmo período do ano passado. “Essa redução ocorreu em função da conclusão das alienações da UPI Ativos Móveis e da V.tal”, afirmou a companhia.

O Ebitda (o lucro antes dos juros, impostos, amortização e depreciação) foi de R$ 8,57 bilhões no segundo trimestre de 2022, um resultado 574,9% maior que os R$ 1,2 bilhão apresentados no mesmo período em 2021. Resultado este que veio bem acima da expectativa do Santander, que projetava R$ 237 milhões para o indicador.
Em termos operacionais, o segmento de fibra ótica atingiu R$ 958 milhões, um avanço de 38,8% na comparação anual. A companhia terminou o segundo trimestre com cerca de 3,7 milhões de casas conectadas (HCs), o que trouxe uma adição de 144 mil no período.
A receita líquida das operações continuadas no Brasil totalizou R$ 2,2 bilhões, um avanço de 1% na comparação anual. Já a receita das subsidiárias foi de R$ 92 milhões no período. De acordo com a Oi, isso ocorreu pelos serviços prestados a partir de junho à V.tal.