Nova variante da Covid derruba bolsas globais; cenário político chama a atenção por aqui

Nesta sexta-feira, 26, as bolsas globais apresentam queda generalizada após anúncio da Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre a descoberta de uma nova variante da Covid na África do Sul, identificada como B.1.1.529.

As bolsas europeias já abriram em queda e os futuros americanos, que retornam hoje do feriado de Ação de Graças, apontam para baixa. Em um dia mais curto para as bolsas americanas, que irão fechar mais cedo, a descoberta da nova cepa traz uma onda de temores e incertezas aos mercados.

Na Ásia, as ações dos setores de aviação e turismo estão sendo penalizadas, já que alguns países estão restringindo os voos para a África do Sul. Além disso, alguns dados chineses mostraram desaceleração em novembro, com as vendas de carros e residências caindo, à medida que a crise do mercado imobiliário se arrasta.

Fora isso, os investidores retornam com as incertezas quanto às intervenções de Pequim com a indústria de tecnologia, após reguladores da China pedirem para as grandes empresas de tecnologias que elaborassem um plano para a saída das bolsas americanas.

Os rendimentos do Tesouro dos Estados Unidos e o petróleo operam em forte queda nesta sexta-feira, com medo da redução da demanda, por conta do retorno dos lockdowns. O preço do minério de ferro também tem forte queda.

No Brasil, com a forte queda nos preços das commodities, o Ibovespa deverá ser penalizado, já que grande parte do índice está concentrado com os papéis de mineradores, siderúrgicas e petroleiras.

Os investidores ainda deverão repercutir a aprovação na Câmara dos Deputados da medida provisória que trata do Auxílio Brasil, reduzindo em partes as incertezas quanto ao risco fiscal. O texto aprovado ampliou o grupo de potenciais beneficiários, mas descartou o reajuste automático do auxílio pela inflação – ponto que chegou a ser cogitado pelo relator. O mercado ainda ficará atento com a tramitação da proposta da PEC dos precatórios no Senado, marcado para a próxima semana.

Na agenda econômica, teremos a divulgação da confiança da indústria, às 8h, pela Fundação Getúlio Vargas, e o Banco Central apresenta números sobre o crédito, às 9h30.