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Ibovespa cai 1,34% e encerra semana com baixa de 7,3%; cenário político e divulgação de resultados corporativos estão no radar

Foto: Freepik

Montanha-russa. Essa é a expressão que define como foi a sessão que os investidores tiveram na última sexta-feira, 22. Durante o dia, o Ibovespa chegou a cair mais de 4%, mas conseguiu amenizar as perdas ao longo da tarde. O índice encerrou em queda de 1,34%, aos 106.296 pontos. Na semana, acumulou baixa de 7,28%. 

O anúncio de rompimento do teto de gastos determinou o humor do mercado na última semana, agravado pela saída de diversos membros do Ministério da Economia, como o até então secretário do Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal. 

Com as exonerações, o mercado passou a especular sobre a saída do ministro Paulo Guedes da pasta, que afirmou ao longo da tarde do dia que vai permanecer no cargo. 

Dentro do Ibovespa, a nova valorização da moeda americana impulsionou os ativos de exportadoras. Klabin (KLBN11) subiu 7,56%, a R$ 24,20, e Suzano (SUZB3) avançou 7,32%, a R$ 52,80. Na mesma linha, Gerdau Metalúrgica (GOAU4) teve alta de 2,08%, a R$ 12,27. 

A valorização do dólar também foi um dos fatores relevantes para o avanço dos papéis da Vale (VALE3), com alta de 1,22%, a R$ 76,08. A apreciação também teve suporte na valorização do minério de ferro e em um alívio na economia chinesa, com o pagamento de títulos em atraso realizado pela Evergrande. 

Do lado negativo, na semana de estreia em Bolsa, as units da Getnet (GETT11) voltaram a liderar as perdas do Ibovespa, com queda de 15,52%, a R$ 5,66. Com isso, desde o IPO, os papéis, que chegaram a subir 63,91% no primeiro dia de negociação, acumularam baixa de 26,68%. 

Ainda no setor financeiro, as ações do Banco Inter (BIDI4, BIDI11) voltaram ao vermelho, com baixas de 6,53%, a R$ 13,60, e 6,65%, a R$ 40,14, respectivamente. Na semana, as units da instituição acumularam queda da ordem de cerca de 20%. 

Preocupações com juros mais altos no Brasil para conter a inflação têm derrubado os papéis de bancos, em um dia de perdas também do Itaú (ITUB4), com recuo de 3,84%, a R$ 23,54. 

Nos Estados Unidos, além das divulgações de resultados corporativos, investidores acompanharam a sinalização de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), de que a inflação está acima da meta e corre o risco de avançar ainda mais.  

Caso o aumento dos preços se torne persistente, o presidente destacou que o Fed poderá agir por meio da política monetária. 

Em Wall Street, os principais índices encerraram a sessão sem direção única. O Dow Jones subiu 0,21%, a 35.677,02 pontos, enquanto o S&P 500 recuou 0,11%, a 4.544,90 pontos, e o Nasdaq teve queda de 0,82%, aos 15.090,20 pontos. 

Agenda Econômica 

Para esta segunda-feira, 25, além da repercussão do teto dos gastos, será divulgado o Boletim Focus, do Banco Central, com as perspectivas do mercado financeiro quanto ao aumento da taxa Selic, que será definido nesta quarta-feira pelo Comitê de Política Monetária (Copom). 

A partir desta segunda, a agenda interna passa a contar também com as divulgações de resultados corporativos relativos ao terceiro trimestre de 2021. 

Nesta segunda, saem após o fechamento de mercado os balanços de Ecorodovias (ECOR3), Neoenergia (NEOE3), Smiles (SMLS3) e EDP Energias (ENBR3). 

A agenda econômica externa do dia está mais esvaziada de indicadores relevantes. Assim, investidores deverão aguardar algumas divulgações ao longo da semana. 

Na quinta-feira, será anunciada a taxa de juros da Zona do Euro e o Produto Interno Bruto (PIB) trimestral dos Estados Unidos. Na sexta-feira, será a vez de Alemanha e Zona do Euro publicarem seus PIBs trimestrais. 

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