Eneva assina acordo para formação de joint venture com Grupo Vale Azul para desenvolver projeto de gás em Macaé

A empresa de energia Eneva (ENEV3) assinou na última quinta-feira, 23, um acordo de exclusividade e preferência com o Grupo Vale Azul (GVA) e o Terminal Portuário de Macaé (Tepor) para a formação de uma joint venture. 

De acordo com o comunicado ao mercado, o acordo poderá desenvolver, gerenciar e explorar o Projeto Tepor (Terminal Portuário de Macaé), um empreendimento localizado no Rio de Janeiro e construído pelo Vale Azul.  

O grupo obteve a licença ambiental prévia para a construção, que contempla os terminais de granel líquido, apoio offshore, gás natural liquefeito (GNL) com capacidade de 21 milhões de metros cúbicos ao dia, para manuseio de operações de petróleo bruto. 

O terminal ainda inclui retroáreas primárias, secundárias e terciárias onshore de cerca de 4 milhões de metros quadrados para suportar os terminais. 

A operação está sujeita à realização de estudos técnicos e à avaliação da viabilidade financeira do projeto pela empresa.  

Se a transação for efetivada, a Eneva será acionista controladora e vai deter 65% do total de ações, frente aos 35% de participação do GVA. 

Com o negócio, a empresa ainda poderá desenvolver outras operações no Tepor, como a distribuição de GNL em pequena escala (SSLNG), transbordo de óleo, líquidos e outras cargas. 

“O acordo representa um importante passo na estratégia da companhia de diversificação geográfica com o desenvolvimento de um hub de gás no Sudeste, com térmicas, infraestruturas associadas e suprimento de GNL via terminal de regaseificação, com grande potencial de acessar gás doméstico”, disse a companhia.  

Vale destacar que o acordo vai garantir diretos exclusivos para analisar e negociar a transação até 30 de dezembro de 2022. Durante este período, o GVA e o Tepor não poderão iniciar ou continuar negociações que tratem da transação, de forma direta ou indireta. 

Entre os dias 1º de janeiro de 2023 e 30 de dezembro de 2024, o GVA poderá procurar outros investidores interessados para desenvolver, gerenciar e explorar o projeto. 

Nesta segunda-feira, 27, as ações da companhia (ENEV3) registraram leve baixa. Por volta das 15h26 (horário de Brasília), os papéis recuavam 0,24%, negociados a R$ 16,67.