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Em semana marcada por pessimismo com política fiscal brasileira, Ibovespa cai 2,9% e opera abaixo dos 105 mil pontos; Getnet lidera as perdas

Debandada no Ministério da Economia e Auxílio Brasil pesam no humor dos investidores

Foto: Cris Faga/Estadão Conteúdo

Em uma semana pesada para a bolsa brasileira diante do noticiário político, o Ibovespa segue operando em forte queda nesta sexta-feira, 22. Às 14h05, o índice caía 2,91%, aos 104.599 pontos. 

Até ontem, o índice já recuava 6,03% na semana e 2,92%, no mês. No acumulado do ano, o Ibovespa caiu 9,48%. 

Dentre as ações que fazem parte do Ibovespa, somente sete papéis permanecem no campo positivo. Em meio à alta do dólar, que sobe 0,56% cotado a R$ 5,692, as ações de empresas ligadas a commodities são exceção do dia. 

Os papéis da Suzano (SUZB3) lideram as altas do índice, com avanço de 7,72%, a R$ 53, ao lado de Klabin (KLBN11), com valorização de 7,69%, a R$ 24,23. 

Ainda reforçam o campo positivo as ações da Gerdau Metalúrgica (GOAU4), com aumento de 1,91%, a R$ 12,25, e da Vale (VALE3), com alta de 1,73%, a R$ 76,46. 

Já do lado negativo, as units da Getnet (GETT11), que estrearam nesta semana, voltam a liderar as baixas, com recuo de 17,61%, a R$ 5,52, acompanhadas pelas units do Inter (BIDI11), com desvalorização de 10,28%, a R$ 38,58, e das ações da Locaweb (LWSA3), com baixa de 10,02%, a R$ 19,93. 

O pessimismo dos investidores a respeito da situação do país continua. No cenário político, o Ministério da Economia informou na noite de ontem a saída de diversos membros, como o do secretário do Tesouro, Bruno Funchal.  

Nesta sexta, o mercado acompanha com atenção os próximos passos do ministro Paulo Guedes, em meio a especulações de saída da pasta, em dias marcados por medidas de rompimento do teto fiscal para ampliar benefícios, em um ano que antecipa a disputa à presidência. 

Um destes benefícios é o Auxílio Brasil no valor de R$ 500,00, que vem para substituir o antigo Bolsa Família e causaria um desrespeito ao teto de gastos, com abertura de um espaço de mais de R$ 80 bilhões no Orçamento de 2022. 

Vale destacar que, conforme lembrado pelo diretor da Instituição Fiscal Independente (IFI), Felipe Salto, o programa custaria cerca de R$ 47 bilhões ao governo. 

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