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Bolsas externas seguem animadas após declarações do Fed

No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a Selic em 1 ponto porcentual por unanimidade, de 5,25% para 6,25% ao ano

Foto: Unsplash

As bolsas globais caminham para mais um dia de recuperação após a “Super Quarta”, dia marcado pelas decisões de bancos centrais em suas taxas de juros.

Na Ásia, as bolsas fecharam no campo positivo. Os investidores se animaram com o pronunciamento da empresa chinesa Evergrande Group, afirmando que cumprirá com as execuções das obras para entregar aos seus clientes os imóveis comprados ou que irá reembolsá-los. Além disso, a companhia disse que o pagamento de um cupom com vencimento nesta quinta-feira, 23, está resolvido, mas não deu mais detalhes.

No mesmo caminho, as bolsas europeias operam em alta, mesmo que a atividade da zona do euro tenha mostrado um arrefecimento.

O PMI composto preliminar do IHS Markit caiu para a mínima em cinco meses, de 59,0 em agosto para 56,1 em setembro. Embora tenha permanecido acima do nível de 50, que separa crescimento de contração pelo sétimo mês seguido, o índice ficou bem abaixo da estimativa da Reuters, de 58,5.

O ritmo mais fraco da atividade reflete a menor demanda e as maiores restrições impostas por conta da variante Delta do coronavírus.

Já o PMI do setor de serviços do bloco recuou a 56,3 em setembro, ante 59,0 em agosto, mínima desde maio e bem abaixo da estimativa do mercado.

Por sua vez, o PMI da indústria apresentou queda para 58,7 neste mês, contra 61,4 em agosto, o patamar mais fraco desde fevereiro e também abaixo da projeção de 60,3.

Ainda na Europa, o banco central britânico deixou inalterada a sua taxa de juros em 0,1% nesta quinta e manteve a meta de compra de ativos em 895 bilhões de libras (cerca de US$ 1,22 trilhão), conforme esperado pelo mercado.

Os futuros americanos seguem no campo positivo, com os investidores mais aminados pelo compromisso da chinesa Evergrande e pelo comunicado do Federal Reserve (banco central dos EUA) na véspera.

Em linha com o esperado, o Fed manteve a taxa de juros entre 0% e 0,25% ao ano e, ainda, em seu discurso, o presidente Jerome Powell disse que a autarquia monetária poderá iniciar a redução das compras de ativos em novembro, de forma gradual, concluindo o processo em meados de 2022.

Também houve uma sinalização de que existem possibilidades de aumentar as taxas de juros no próximo ano, dado que grande parte dos membros do Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto, em português) estão de acordo para iniciar o processo de subida dos juros.

Quanto às commodities, o preço do petróleo vem em leve baixa, enquanto o minério de ferro tem nova rodada de alta, o que pode animar as ações das mineradoras e das siderúrgicas por aqui.

A agenda econômica externa reserva os PMIs industrial, de serviço e composto dos Estados Unidos, além da divulgação dos pedidos de auxílio- desemprego, que sairá às 9h30 (no horário de Brasília).

No Brasil, conforme aguardado, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou a Selic em 1 ponto porcentual por unanimidade, de 5,25% para 6,25% ao ano.

Este foi o quinto aumento consecutivo dos juros e o segundo em sequência nessa magnitude, após três altas iniciais de 0,75 ponto porcentual.

O Copom, ainda mostrou que poderá manter a sua política de elevação dos juros, dada a situação preocupante para a inflação, elevando assim as expectativas do mercado em mais dois aumentos de 1,00 p.p. para a Selic até dezembro, levando a taxa para 8,25% no final do ciclo.

Ainda por aqui, os investidores devem continuar atentos ao avanço da reforma administrativa, ao desenrolar da PEC dos precatórios e à divulgação da sondagem da indústria.

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