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Às vésperas de decisão do Copom, Ibovespa descola de Wall Street e fecha em queda de 2,11%, aos 106.420 pontos

Foto: Unsplash

No primeiro dia de reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, a Bolsa teve uma sessão de mau humor quase generalizado, com o Ibovespa descolando do mercado americano. O índice recuou 2,11%, aos 106.420 pontos, com volume negociado de R$ 3,76 bilhões. No mês, o índice acumula queda de 4,10%, e no ano, de 10,58%.

Nos Estados Unidos, o índice Dow Jones avançou 0,04%, aos 35.756,88 pontos, o S&P 500 teve alta de 0,18%, aos 4.574,79 pontos, e o Nasdaq encerrou o pregão com alta de 0,06%, aos 15.235,71 pontos. O dólar Ptax recuou 0,17%, a R$ 5,58.

Às vésperas de um novo aumento da taxa Selic, com expectativa de avanço de 1,25 a 1,5 ponto percentual, o dia foi pautado pela divulgação de novos dados preocupantes de inflação. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) registrou alta de 1,20% em outubro, acima dos 1,14% de setembro e o maior avanço para o mês da série histórica, iniciada em 1995.

Analistas de mercado esperavam uma desaceleração do ritmo de crescimento da inflação, ainda que seguisse em patamar elevado. Neste ano, o IPCA-15 acumula alta de 8,3%.

Nesta sessão, apenas oito papéis do Ibovespa fecharam em alta, em um movimento protagonizado por Energias do Brasil – EDP (ENBR3), que teve avanço de 2,23%, a R$ 19,67, após divulgação de resultados trimestrais.

A EDP Brasil registrou lucro líquido de R$ 510,5 milhões no terceiro trimestre, cifra 70,3% maior em relação aos meses de julho a setembro do ano anterior, quando havia lucrado cerca de R$ 300 milhões.

Em termos ajustados, o lucro líquido da companhia elétrica cresceu 20,7%, para R$ 266,1 milhões.

Também no campo positivo, Gerdau Metalúrgica (GOAU4) teve avanço de 1,09%, a R$ 13,04. Felipe Miranda, CIO e estrategista-chefe da Empiricus, mencionou em relatório nesta semana que voltou a “olhar com carinho” os papéis da companhia em meio à alta do dólar e aos preços descontados em Bolsa.

O balanço trimestral da companhia referente ao período de julho a setembro será divulgado nesta quarta-feira, 27, antes de o mercado abrir.

Já na direção oposta, os papéis da Azul (AZUL4) caíram 2,46%, a R$ 26,90, com a maior queda do pregão.

A perspectiva de aumento dos juros pressionou ainda os papéis de empresas ligadas à tecnologia e construtoras. As units da Getnet (GETT11) recuaram 7,79%, a R$ 5,21, e as ações da Eztec (EZTC3) encerram o dia em baixa de 7,64%, a R$ 18,63.

Companhias de varejo também sofreram o impacto da alta iminente da taxa de juros. Méliuz recuou 6,73%, a R$ 3,74, e Via (VIIA3) caiu 6,06%, a R$ 6,66.

Agenda de quarta-feira, 27

O pregão desta quarta-feira será de expectativa pela decisão do Copom e pelo comunicado que acompanha a definição da nova taxa básica de juros.

Ainda na cena brasileira, o presidente da Câmara, Arthur Lira, afirmou que a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) dos precatórios, que prorroga o pagamento dessas dívidas e altera o teto de gastos, será votada nesta quarta.

Os investidores olharão o texto com lupa para verificar possíveis emendas à proposta que abram ainda mais espaço para despesas em 2022, ano eleitoral.

Pela manhã, as atenções recaem sobre a taxa de desemprego de agosto, que será divulgada às 9h pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Um pouco mais cedo, às 8h, a FGV (Fundação Getúlio Vargas) divulga a Sondagem da Indústria de outubro.

Antes da abertura do mercado, ocorrerá a divulgação de resultados trimestrais de Gerdau (GGBR4) e Gerdau Met (GOAU4). Após o fechamento, Desxco (DXCO3), Log Com (LOGG3), Movida (MOVI3), Weg (WEGE3), Odontoprev (ODPV3) e Multiplan (MULT3) apresentam os balanços do último trimestre.

Nos Estados Unidos, às 11h30, saem dados atualizados dos estoques de petróleo bruto do país. Na semana passada, o DoE (Departamento de Energia americano) informou queda desse indicador, o que deu força às cotações da commodity.

 

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